quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Crise existencial

Parte 2

Bom, depois dessa semana de fugas, tive um tempo bom em Amsterdam. Mas no sábado eu não estava me sentindo bem comigo mesma. Nao sei se foi pela falta que eu sentia dos meus amigos, o cansaço de certas futilidades, irritação por não comprrender muito bem as atitudes das pessoas, ou frustração, lembranças ruins, situações dificeis... Enfim... não sei dizer o real motivo, mas naquele dia eu acordei odiando a cidade, a viagem, e tudo.
A Mio me mandou uma mensagem me chamando para ir ao Vondel Park, pois era um dia com um sol belíssimo. Aceitei, até porque precisava desabafar com alguém. Sabia que ela me entenderia. E eu estava feliz em saber que deixaria Amsterdam em breve.
Antes de sair de casa, três meninos das ilhas Mallorca, deixaram uma mensagem no CS, dizendo que estavam chegando na cidade e que gostariam de sair pra beber alguma coisa. Respondi a mensagem e marcamos. Não tinha mesmo o que fazer.
Fui até o Vondel Park com a Mio e depois fomos á noite para a Leidseplein encontrá-los. Tomamos umas cervejas, e foi estranho porque os 3 tinham apenas 18 anos e embora eu seja 1 ano e vários meses mais velha, eles pareciam muito imaturos pra se ter uma boa conversa. Mesmo assim, foi divertido e depois eu e a Mio decidimos ir á Melkweg, boate que eu queria ir desde que eu cheguei. Convidei-os, mas eles disseram que não podiam ir. Nove euros era muito caro para pobres viajantes.
Mas felizes foram eles, nove euros por uma das piores noites da minha vida. Eu já não estava muito bem, e quanto mais eu saía, mas eu me sentia pior. A minha crise existencial tinha chegado ao nível máximo. Eu precisava fazer alguma coisa, ou conhecer alguém que eu me divertisse de verdade e que me fizesse mudar de opinião sobre as pessoas de lá que me pareciam tão loucas e tão estranhas.
Cheguei em casa, e segui o conselho do Guido, um holandês que parecia legal quando nos conhecemos, mas que só tinha 2as intenções. Dia desses, ele me levou num restaurante árabe caríssimo super romântico só pra tentar alguma coisa. Ele apenas tinha me chamado pra sair, e eu não sabia onde iríamos. Foi uma surpresa, porque ele antes parecia ser uma pessoa "amiga".
Infelizmente eu estava errada, mas quem não se engana? E infelizmente pra ele, eu não sou qualquer uma, e tanto é que eram só 2as intenções que eu nunca mais o vi, também não fazia o mínimo de questão.
Mas continuando, seguindo o conselho dele, mesmo faltando 2 dias pra eu deixar a cidade, abri uma conta num site de relacionamento, só que apenas para Holandeses. E em seguida mandei umas mensagens explicando que eu era turista e que queria saber os lugares bons da cidade e o que eu deveria ver antes de partir, pra ver se eu me distraía e aproveitar, pra conhecer algumas pessoas que vivem lá, e talvez mudar a péssima impressão que eu estava daquela cidade que eu havia me apaixonado desde o dia em que eu cheguei.
Fiz isso pensando que nunca teria nenhuma resposta, e que poderia parecer meio idiota, mas de qualquer forma fiz. Não tinha nada á perder.
Porém, surpreendentemente, surgiram rapidamente umas mensagens com sugestões de lugares, boas-vindas e uma super inesperada.
Quando abri a minha caixa de e-mail, tinha uma nova mensagem de um homem chamado Tim. Nela, ele me dava as boas-vindas á cidade, perguntou se eu estava gostando, disse que achava que era meio complicado de se viajar sozinho, pois havia passado 6 meses na Espanha na mesma situação.
No fim da mensagem, ele perguntou se eu gostaria de encontrá-lo pra beber alguma coisa, pois estava a maior parte das noites livre na semana.
Pelas fotos, ele parecia bonito e não perigoso. Mas eu não acredito em fotografias.
Apesar disso, respondi que tinha mais 2 noites livre, pois iria embora logo.
Então, deixei o meu telefone, mas não achava que daria tempo. Estava muito em cima.
Uns minutos depois, ele me mandou uma mensagem no celular perguntando se eu estava livre naquela noite. Respondi que sim, e marcamos as 9. Ele me perguntou em que parte da cidade eu estava hospedada, e coincidentemente era muito perto de onde ele mora, então ele sugeriu vir me buscar em casa.
Fiquei abismada porque até hoje, isso nunca aconteceu. Ainda mais uma pessoa que nem me conhece e que eu imaginei que não deveria ter carro. Mas como lá não é o Brasil, e por ele ser Holandês e morar em Amsterdam, eu tinha certeza que ele viria de bicicleta.
Dei as direções de onde era exatamente (que depois ele veio me dizer que eu troquei a esquerda pela direita, erros de tradução pra outra lingua, acontece) e ele apareceu de bicicleta na outra rua enquanto me ligava. Ele não tinha me visto porque eu disse o lado errado, então, eu disse que o estava vendo, sendo que como sou uma pessoa que enxerga muito bem, eu via só uma pessoa que podia ser homem ou mulher numa bicicleta. Pedi que ele parasse que eu iria até ele.
Ele estava de costas enquanto eu me aproximava. Dei um "hi!" e ele se virou.
Ah, como eu queria ter visto a minha cara nessa hora. Só consegui pensar em como um homem tão bonito, e que por sinal se vestia muito bem como a maioria dos holandeses, poderia ter sido tão gentil e amigável e respondido a minha louca mensagem.
Enfim, perguntei onde iríamos e ele disse que pra um bar não muito longe, mas que seria melhor se eu pegasse uma carona no veículo dele. MAS, depois das minhas experiências anteriores não tão bem sucedidas em cima de uma bicicleta, recusei e expliquei o porque. Ele riu e fomos andando mesmo e conversando. Ele contava sobre o tempo que passou na Espanha, e eu sobre minhas loucas experiências em Amsterdam.
Foi bem cansativo andando, mas chegamos rápido ao bar, meio vazio, mas com uma aparência aconchegante. Conversamos bastante e a cada meio copo de cerveja, ele ia ao banheiro. Eu só fiquei super curiosa sobre qual seria o motivo de tantas idas ao banheiro.


Continua....

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Viajando não dá pra parar pra escrever mesmo. Mas depois que passa, a gente não tem mais a mesma visão de quando estamos vivendo a situação.
Mas eu vou tentar resumir mais ou menos como foram meus ultimos momentos em Amsterdam. Não tudo hoje, serão em uma espécie de... capítulos.

Parte 1

Depois que as meninas, a Milica e a Vanessa, foram embora, eu não tinha mais muito o que fazer na cidade. Mas continuei andando sem rumo nesse meu tempo á toa, sentindo um pouco daquela cidade que eu gostei tanto.
Numa terça-feira, saí com a Mio, para encontrar o Dan, um couchsurfer que eu havia entrado em contato bem antes de ir pra Amsterdam. Nem sei como descreve-lo. Simpático, meio crazy-weird e free-spirited ao extremo. Ele trabalha quase todos os dias. Pela manhã em café, e á noite em bar, como bartender. Foi aí que eu quase me tornei uma bêbada nessa noite. Já que ele é o bartender, as bebidas vêm á mim, de graça. Os dois amigos dele que conheci, um bartender que trabalha junto e outro que eu não sei o que faz, também eram uns amores.
Até que surge um Egípcio, que parece que frequenta sempre o bar e me chama para conversar, como o Dan parecia conhece-lo, aceitei. Conversamos algumas coisas e ele parecia simpático. Já eram mais de 2 da manha e eu precisava ir pra casa. Alias nao que eu precisasse, mas eu nao aguentava mais beber. Então ele me ofereceu companhia até a parada do famoso e demorado ônibus noturno. Quando fui me despedir dos meninos, comentei que eu não iria sozinho que o tao do egípcio iria me levar até o ônibus. O amigo do Dan apenas disse que qualquer problema, pra que eu voltasse para o bar. Me assustei um pouco com isso do "qualquer problema", mas fui. Não ia conseguir achar o ônibus sozinha.
O tal me levou até lá tranquilamente e pediu meu telefone pra que saíssemos outro dia para conversar. Eu dei, porque nao tinha como fugir e ele tinha sido gentil me levando até lá. Pensei em dar o errado, mas ele disse que ligaria naquela hora pra que eu gravasse o dele.
Enfim, se ele ligasse era só inventar uma desculpa e simplesmente não ir.
No mesmo dia ele me ligou pela manhã, mas eu estava dormindo, não atendi. Depois ligou á tarde, eu atendi e ele perguntou se eu poderia sair e eu inventei uma desculpa dizendo que não dava e o Dan havia dito que poderiamos sair de novo no dia seguinte, então eu disse que no dia seguinte tambem não daria e que no outro eu tambem já tinha compromisso, e acrescentei o "infelizmente". Ele disse que tudo bem, e pensei que havia me livrado.
Até que ele continuou me ligando nos dias seguintes, de madrugada, umas 5 vezes por dia. Eu atendi uma vez, mas nao atendi mais. Até que depois de uns 3 dias ele desistiu.
Acabei não saindo com o Dan naquele dia, mas fomos todos á um couchsurfing meeting, na sexta. Acabei me perdendo completamente, até que ele me achou na rua, pela minha sorte, andando na direção completamente contrária ao lugar e fomos conversando. Aproveitei e comentei sobre o tarado doente daquele Egípcio. Pela expressão dele, acho que ele já esperava isso.
Felizmente eu o encontrei pelo caminho, porque eu nunca ia reconhecer que aquelas pessoas lá num cantinho no segundo andar, eram os tais do couchsurfing. Bebemos um pouco, e decidimos, uma meia-duzia que estavam lá, ir para outro lugar, pra dançar.
O Dan foi na frente e eu fui andando conversando com uma menina super simpática, e pequena, chamada Cynthia, que veio da Guatemala. Depois pegamos carona nas bicicletas de dois amigos dela. Minha primeira carona de bicicleta, e adorei!
Chegamos ao lugar, e era muito legal. Musica boa, e eu dancei até tirar o sapato. A Cynthia só conseguia pensar no Dan, acho que foi amor á primeira vista, e os outros estavam bêbados demais pra pensar. Odeio ser sempre á sóbria.
Pensei depois como eu ia voltar pra casa, já que eu não fazia idéia de onde eu estava. Ela iria pra casa do amigo dela que veio com a gente nas bicicletas. Só que os planos mudaram e ela agora iria para a casa do Dan. Que seria a minha carona, já que ele mora perto de onde eu estava morando.
enfim, confusões á parte, o amigo dela me levou pra casa, na mini-bicleta dele, que eu caía toda hora e acabei enfiando o salto a minha ankle na roda, e sim, o desastre maior aconteceu. Quebrei o salto e destrui ela quase que completamente.
Estou de luto até hoje.

Continua...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Então, eu deixei o Hostel num sábado. Não peguei contatos de nenhuma daquelas pessoas em que saí no dia anterior. Apenas da Mio.
Chegando aqui na casa da Celia, fui muito bem recebida e fomos jantar na casa da Eliana. Comida brasileira, quaaaaanto teeeeeeempo...

Nos dias que seguiram, apenas dei umas voltas por aqui, e fui ficando só em casa até a quarta-feira. Nesses dias entrei em contato com uma Brasileira que estava vindo, Vanessa. Marcamos de nos encontrar no Hotel dela na quarta. Fiquei doente nesse mesmo dia, mas mesmo assim fui até lá.
Nos encontramos e junto com ela estava uma Sérvia, que ela tambem tinha acabado de conhecer, chamada Milica. Fomos entao juntas andar pela cidade. Desde o primeiro momento nos sentimos bem juntas. São meninas ótimas. Tiramos algumas fotos e fomos ate a Anne Frank House.
O museu é bem interessante, mas eu esperava mais. Lá foi minha dead line, porque eu realmente nao estava bem. Combinamos de nos ver no dia seguinte e dali eu segui pra casa.

Nos encontramos á tarde na quinta em frente ao Van Gogh Museum. A Milica disse que um amigo a convidou para um jantar na casa dele, e que nós todas podiamos ir. Entao fomos ate o mercado comprar algumas bebidas. Lá, eu reconheci um Italiano meio estranho que me enviou uma mensagem no couchsurfing, da qual eu nao respondi. A Milica logo me perguntou o nome dele porque ela tinha marcado de se encontrar com um Italiano naquele dia. Eu nao me recordava mesmo, mas no final das contas era ele. Até que ele era simpatico, e ainda bem que nao me reconheceu, e se reconheceu fingiu que nao. Fomos ate proximo ao HardRock Café, num bar muito aconchegante, apenas para um café. Ficamos lá por mais ou menos 1 hora e meia conversando e seguimos para a casa do amigo da Milica, de nome Denis, qe também é Sérvio.
Chegamos lá pelas 9 da noite e quem preparou o jantar foi um Holandês, de nome que eu me recordo como se pronuncia, mas nao faço ideia como se escreve. Ele tinha uma aparência calma e já foi ao Brasil algumas vezes. Disse que tinha uma namorada de lá. E pelo jeito que ele falava parece que ele não esqueceu ainda a tal Brasileira.
Jantamos crepe de frango, enquanto assistiamos Ivete Sangalo e Sandy&Junior. Os unicos que gostavam eram o Holandês e a Vanessa. A minha obrigação era apenas ouvir.
Mandei uma mensagem para a Mio pra que ela nos encontrasse lá na Rembrandtsplein, pois hoje iríamos sair. Ela aceitou o convite e disse que ia nos aguardar lá.
Enquanto esperávamos o tram, como tudo é possivel em Amsterdam, la tinha um Holandes, que eu nem posso dizer mais que ele estava bebado, porque ele ja passou dessa fase. Cantando e dançando e veio nos pedir que dissessemos uma palavra, ou um verso e ele cantaria uma musica com o mesmo. Isso rendeu alguns minutos de diversão. O Denis disse que ele esta sempre ali no ponto, sem razão. Nosso tram chegou e ele entrou junto e isso rendeu mais um minutos porque nao pode entrar com cerveja e ele realmente nao entende o que voce fala pra ele, ele só cantava.
Encontramos a Mio, e fomos procurar algum lugar para ir. Até que o Denis sugeriu que pegassemos um Taxi e voltassemos pra proximo da Central Station, onde tem uma boate chamada Panama.
Aquela sim foi a boate mais estranha que eu fui. No meio da pista, tinham dois palcos, no qual ficavam uma mulher em cada, dançando de biquini ou de qualquer outra coisa. Se ao menos fossem mulheres bonitas, mas definitivamente acho que lá eles devem pagar mal.
Ficamos lá por umas 2 horas mais ou menos, até que a Vanessa cansou de ficar vendo um grupo meio "lésbico" que estava na nossa frente, simulando varias posicoes sexuais enquanto dançavam e se esfregando e etc.
Combinei com a Vanessa de no dia seguinte irmos até uma cidade que ela gostaria de ir pra ver um campeonato de Triatlon.
Peguei carona de taxi ate a metade do caminho e segui andando pra casa. Faz muito frio nessa cidade á noite.

Acordei tarde na sexta e logo fui me encontrar com a Vanessa na Central Station. Fomos para Almere. A cidade até que nao era tao ruim, mas era bem diferente de Amsterdam. Calma e pacata mesmo com o tal do campeonato, e que no fim das contas nao era campeonato, era apenas uma cerimônia. A Vanessa conheceu alguns dos atletas no avião e então eles a convidaram pra ir la assistir. A unica coisa que salvou o dia do desastre, foi ver alguns atletas, principalmente um certo Dinamarquês, um Brasileiro no elevador e um grupo de Street Dance. Tinha até show do cover do Robie Williams. Como eu nao gosto dele, pra mim nao faz diferença, e acho que pra ninguem ali fazia. Ele era quase a Xuxa, pois só as crianças estavam animadas e prestando atençao nele.
Depois da cerimônia, fomos comer pizza com os atletas Brasileiros. No caminho passamos por uma apresentação do Michael Jackson cover. Dias dos covers. Na pizzaria, tanto Brasileiro junto, só podia resultar em deixar as garçonetes quase loucas. Foi divertido.
Só que no caminho de volta, como nao estava muito recuperada ainda, passei mal. Fui ate o hotel la dos atletas e eles me deram um remedio que foi a salvação.
Deixamos Almere e seguimos para Amsterdam pra encontrar a Milica. A Vanessa nao estava no seu humor normal devido á varias coisas que aconteceram, mas mesmo assim arriscamos ir á algum lugar, até porque era o ultimo dia das duas em Amsterdam.
Fomos ate o Red Light, onde fica o Hotel em que ela estava (bem localizado haha), buscamos algumas coisas e seguimos em busca do telefone publico encantado pra localizar a Milica.
Em Amsterdam é quase raridade encontrar e com tanta pessoa simpatica disposta a ajudar, fica ainda mais dificil. Aliás, os holandeses mesmo ignoram qualquer pessoa que passa na rua. Mas pra 2 meninas andarem sozinha pela cidade é entediante por causa dos Turcos e dos Africanos. Que por mais que voce nao dê idéia, eles nao desistem e isso acontece tanto na rua, quanto nos clubs, e qualquer lugar. Os unicos que vieram falar alguma coisa comigo, ou com a Vanessa desde que ela esta aqui, foram eles. Mas chegam á ser incovenientes.
Finalmente encontramos um telefone, ligamos para a Milica e fomos até a Rebrandtsplein encontra-la. Ela nos levou para um bar super legal, mas a gente conseguiu encontra-la já bem tarde, pois tivemos que andar muito, tanto buscando o telefone quanto procurando a Rembrandtsplein.
E quanta gente bonita naquele lugar. Mas só os estranhos falam com a gente, acho que nós brasileiros temos um certo imã pra gente estranha nao importa ONDE a gente esteja. Eu inclusive.
Até o Bartender daquele lugar era bonito. Umas meia hora depois a Milica teve que ir embora pois uma Turca havia vomitado nela. Ficamos só eu e a Vanessa, e uns Holandeses nem tao estranhos vieram tentar conversar com a gente, mas nao conseguiram. Bobos demais.
Ficamos até umas 3 horas, e descobri que um onibus passa aqui perto da casa, entao foi assim que eu voltei, nao precisei andar mais tanto.
Me despedi da Vanessa pois era o ultimo dia dela, no onibus. Estou sentindo falta dessa menina tambem. Encontrei pessoas maravilhosas aqui. Tenho sorte.

domingo, 31 de agosto de 2008

Back in the game!!!

Noooooooooossa, quanto tempo que eu nao páro pra contar das coisas, vou tentar resumir tudo e ir contando aos pouquinhos.
Bom, estava eu na Suíça, agora muito melhor e resolvi vir pra Amsterdam, cheguei aqui no dia 19. Estava em contato com um Brasileiro que me encontrou em uma comunidade e chegando aqui descobri que ele resolveu ficar no mesmo Hostel que eu.
Viajei até Koln na Alemanha, hooooooooooras e depois fiquei 1 hora e pouca la na estaçao esperando o proximo trem pra Amsterdam. E quanta gente louca tem dentro de estaçao de trem. Um velho tarado ficou me seguindo até eu embarcar no trem pra Amsterdam, o porque eu nao sei. De Koln só vi mesmo um pedaço pelo trem e a estação, porque realmente eu nao estava a fim de ficar andando por aí com uma mochila pesando 47 litros.
Cheguei aqui quaaase meia noite, fui andando ate o Hostel, o que me custou umas meia hora , o que eu nao esperava, e cheguei lá um defunto e capotei.

Dia seguinte, fui dar uma volta pela cidade, amor á primeira vista. A primeira coisa que eu percebi foi a quantidade de bicicleta que tem. É mais bicicleta que carro e onibus e qualquer outra coisa. Mas ja me avisaram pra ter cuidado com elas, porque elas tem preferencia. Se nao quiserem parar nao páram, mesmo que venham a te atropelar.
Nessa mesma tarde eu encontrei a mae da Helo, que mora aqui e a irmazinha dela. Sao uns amores e ela me convidou pra ficar na casa dela. O que eu achei ótimo, porque assim nao preciso gastar com Hostel. Mas ficar no Hostel com certeza é mais interessante, mas infelizmente eu nao estou "podendo" no momento.
Acabou o passeio e eu voltei pra "casa" e dei uma olhada nas poucas pessoas que estavam lá. Um grupo de uns 6 meninos, bem jovens, mas incrivelmente belos, porém o que eles tinham de belos, tinham de metidos. Nao troquei uma palavra com eles ate eles irem embora. Depois encontrei um casal Australiano, fiquei conversando com eles enquanto eles dividiam uma marijuanazinha, e dois brasileiros. O engraçado dos Brasileiros é que eles nao fazem a minima questao de falar com as pessoas. Como se vivessem num proprio mundo.
Voltei pro quarto e encontrei uma japonesa, timida e meio assustada. Fui ate ela, me apresentei e a partir dai viramos amigas. O nome dela é Mio, e eu tenho saido algumas vezes com ela, até porque como eu, ela esta sozinha aqui, mas a diferença é que eu conheci mais gente aqui do que ela, entao estou sempre colocando ela no meio pra sair junto.
Nesse mesmo dia em que nos conhecemos, chamei-a pra sairmos pela cidade á noite. Escolhemos o Red Light District por ser mais interessante. O Red Light é um lugar mais pra homem do que pra mulher. Mas lá tem de tudo. É o famoso lugar rodeado de Coffeeshops e prostitutas nas vitrines, como mercadorias, se exibindo pra serem "compradas". Ate que tinham umas bonitas, mas tinha outras que deviam estar em liquidação.
Sentamos num pub que no inicio estava cheio, mas em 5 min ficou completamente vazio e o Bartender era sempre o mais animado de todos.
Voltamos cedo pra casa pois ja nao tinha o que fazer ali.

No dia seguinte, estava com um pouco de preguiça e resolvi ficar no hostel um pouco mais, e sair mais tarde. Foi aí que conheci Ali e Angus. Um Iraniano e o outro, Ingles. Eles sao amigos, ambos moram na Inglaterra. Comecei a conversar com o Ali, e ele me apresentou o outro. resolvemos dar uma volta na cidade todos juntos.
Primeiro fomos ao Joodmuseum, o museus dos judeus. Bem interessante. No caminho para ás compras eles foram me contando a experiencia deles com os famosos Mushrooms. Acho que nao ria assim á muito tempo.
Chegamos na rua das lojas, e o Ali é incrivelmente uma mulher. Ele fez a gente ir ate la só pra comprar um sapato que ele tinha visto e que nao saía da cabeça dele (Lais). Entramos na tal loja e ele achou um outro e ficou hoooooras tentando se decidir (Lais). Eu e o Angus gostamos do que ele nao levou, como sempre (Lais).
Depois das compras, ele era a pessoa mais orgulhosa do mundo. O mais engraçado é que na volta pro Hostel, no tram, um homem perguntou á ele onde ele tinha comprado.
Nesse dia era o aniversario dele, entao convidamos a Mio pra sair com a gente á noite pra celebrar. Ele cismou que queria ir numa tal boite de naked chicks, mas eu e o restante logico que votamos contra. Vencemos, mesmo sendo o aniversario dele.
Fomos á um bar, e depois á uma boate chamada The Escape, linda e enorme, super famosa, mas cara e incrivelmente entediante. A Mio estava se sentindo mal, o Angus bebeu demais e só restou eu e o Ali tentando se divertir, mas impossivel. Ficamos 1 hora lá e fomos embora.
A Mio e o Angus morreram assim que chegaram e só restou novamente eu e o Ali na internet vendo um monte de besteira.
Fomos dormir umas 4 da manha.

Mais um dia, e os meninos iam embora. Entao resolvemos dar mais um passeio, umas horas antes de eles irem. Comemos no Subway, como tinhamos feito no dia anterior, demos umas voltas pela cidade, fomos á uma sex shop, o que rendeu horas de riso e eles seguiram o rumo. Estou sentindo falta desses meninos, foi otimo conhece-los. Depois da despedida, Mio e eu seguimos para o Sex Museum. É claro que eu tinha que ir até lá. Nunca vi tanto pinto em toda a minha vida. Foi bem divertido tambem.
Depois me restou voltar pro Hostel e conhecer 2 Suecas novas no quarto e um Australiano completamente doente da cabeça. Resolvemos sair á noite juntos e na Common Room, conhecemos mais 3 Australianos e uma Canadense que se juntaram á gente.
Fomos á um bar, mas as suecas estavam entediadas pois nao gostam de sentar e conversar, e entao fomos ate uma boate, chamada Zebra.
Nunca vi tanta gente esquisita e feia na minha vida la dentro, mas a musica era boa. La dentro todo mundo se perdeu, uns foram embora mais cedo e outros sumiram. Restou 1 Australiano que estava indo embora e eu resolvi ir com ele.
Foi uma das noites mais estranhas da minha vida. É nesses momentos que eu vejo o quanto meus amigos sao importantes.

No dia seguinte eu deixei o Hostel, uma pena. Estou sentindo muita falta de lá tambem.


Continua...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Bom, terminei de ler o livro que estava lendo, aliás estou me sentindo muito intelectual ultimamente, mas recebi o livro certo pois precisava refletir sobre a vida e sobre muitas outras coisas.

Poderia recomendar-lhes para que leiam, mas livro eu acho que é uma coisa muito individual. Eu me sinto diferente depois de ter lido, mas porque o livro falou diretamente comigo. Mas isso nao acontece com todo mundo e se o livro nao fala com voce, nao é interessante que voce o leia.
Por isso nunca fui muito fã de ler livros. Apenas leio os livros que desde o inicio entram na minha alma, como se eu estivesse naquele lugar, naquela hora, e vivendo aqueles momentos.

Este livro nao conta apenas a historia de uma prostituta, conta a historia de uma mulher, ingenua de uma certa forma, mas inteligente, que se ve diante de um destino que ela nao se opoe, que descobre seus limites, descobre a solidao, a dor, e o amor verdadeiro. Aquele em que voce nao deseja nada em troca, apenas o amor livre, e sincero.

E se o livro é a historia de uma mulher, mesmo que ela lute as vezes contra, mas uma mulher, e no caso ela tambem, nao pode viver toda a sua vida sem amar, e o livro retrata tambem na sua maior parte, sobre isso.

Todos nós sabemos amar, embora alguns pensem que não, pois nós já nascemos com este sentimento, o que falta depois no decorrer da vida é encontrar a pessoa que o desperte.
O sentimento existe, mas muitos nao sabem ás vezes como expressar, como fazer que o outro sinta, mesmo que isso esteja escrito em seus olhos, ou voce transpire amor enquanto esta ao lado da pessoa amada, mas o outro muitas vezes nao consegue enxergar tao profundamente e é necessário que voce diga, sem medo, sem esperar respostas, sem esperar nada!

Como diz um trecho do livro:
"Algumas pessoas ja amam naturalmente, mas a maioria tem de reaprender, relembrar como se ama, e todos, sem exceção, precisam de arder na fogueira das emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas, até conseguirem ver o fio condutor que existe por trás de cada novo encontro"

Eu, de meses pra cá, me encontrei. Demorei muito tempo pra que chegasse esse momento, mas finalmente me encontrei. Nao me sinto mais aquela menina ingenua, que o destino sempre a conduzia à vida, mesmo antes de estar preparada e segura de si mesma. Essa outra ficou no passado junto com as coisas que a fez morrer.
A gente se encontra quando chega aos nossos limites. Pensei que tinha me encontrado por completo, mas a vida está sempre ensinando e mostrando que há mais momentos pra viver e coisas novas pra acontecer, coisas que voce nunca imaginara chegar à viver.

Eu, a cada dia que passa e que passou aqui, longe dos meus amigos, da minha casa, me sentindo muitas das vezes sozinha, embora nao esteja, mas se sentir sozinha nao significa apenas estar sem ninguem por perto, cada dia eu me conheço mais e me sinto mais forte.
Pois embora ja tenha vivido coisas inimaginaveis, estou ainda com meus 19, quase 20 anos e com uma vida toda pela frente, embora acho tambem as vezes que perdi tempo demais.

Eu tenho um instinto de liberdade que cresce dentro de mim à cada dia, querendo se libertar. Eu nao gosto de me sentir obrigada à algo, nao gosto se alguem decide algo por mim, ou me faça fazer o que eu nao quero. Muitas vezes cedo à vontades porque na vida voce nem sempre pode pensar em si mesmo, mas hoje eu posso dizer que me sinto outra pessoa. Nao que eu tenha mudado o meu jeito de ser, nao, mas o jeito de encarar. E sinto que hoje, estou preparada pra vida e pra tudo o que está reservado pra mim. Preparada talvez nao seja a palavra certa, pois nunca se sabe o que esta por vir, me sinto pronta. Pronta pra o que a vida tem à me dar e à me tirar.
Muitas vezes este "preparo" demora muito pra chegar, mas voce tem de apenas busca-lo e se aventurar em seus sonhos e perguntas e vontades, sem medo do que está por vir e foi isso o que eu fiz e me orgulho disso, me orgulho de estar começando à dar rumo à minha vida e espero que eu vá á fazer da maneira correta.

Me sinto viva como á anos nao me sentia, me sinto focada em atingir os meus objetivos, a vida me ensinou tanta coisa que tem gente que em toda a vida nao aprende e aprendi que pra tudo existe um tempo. Tempo de plantar e de colher, de sorrir e de chorar, de amar e de odiar, de dar a mao e de soltar, de ganhar e de perder, de nascer e de morrer, tempo de viver.
E aprendi tambem que nao é preciso ter pressa de encontrar um amor sem exigencias, livre, pra que eu possa entregar a minha alma sem medo de ser feliz e viver intensamente cada dia, sem pensar no amanha, como eu desejo hoje. Um homem certo, no tempo certo, que venha a surgir quando eu menos imagino, e que toda a magia e a sintonia aconteça da forma em que eu penso que será. Ou que eu apenas gostaria que fosse. Mas nao desejo mais criar expectativas em relação à nada, pois tudo vem com tem que ser.
Só posso dizer que quando chega esse momento, nao se deve hesitar, nem perder nenhuma oportunidade, nao deixar passar nenhum momento magico e principalmente respeitar a importancia de cada segundo.

E o que eu posso falar sobre amor? Só tive varias paixoes platonicas de adolescente e apenas um amor que me trouxe bons momentos, e ruins, e o que o faz importante, é que me fez ensinar e ajudar á me transformar no que sou hoje.
Nao estive com muitos homens, posso contar nos dedos, pois sempre deixei ser beijada à quem pelo menos me atraísse de alguma forma, seja só pelo olhar ou por uma grande quimica que surge nao sei da onde e nao sei como. Como raramente é possivel encontrar pessoas assim, pode-se imaginar. No país em que vivemos em que muitos pensam que nao é possivel ficar sem beijar pelo menos 1 por semana, posso dizer que eu vivo melhor assim.
O beijo pra mim é especial, precisa ter um sentimento ou simplesmente uma razao. O beijo nao foi feito apenas pra ser contabilizado, somado e multiplicado pra depois ser comparado com os das outras pessoas.
Logico que ja tive alguns momentos em que o alcool falou mais alto, mas nao guardo esses momentos, me envergonho deles.

Há pessoas que custam, ou nunca chegam à perceber que estavam enganados sobre tudo o que imaginavam e sonhavam, pois nem sempre tudo é da forma que a gente sonha, e agradeço, por ter enxergado a realidade de alguns dos meus sonhos nesta altura da vida. Porque os sonhos nunca acabam, depois destes sempre virao outros.

Nao posso dizer que vivi a minha vida ate agora intensamente. Muito menos nao posso dizer de que nao me arrependo de nada do que eu fiz. Pois me arrependo da maior parte.
Mas, do que adianta fica relembrando, sofrendo, fazendo perguntas e imaginando respostas, se o passado é passado e já nao importa mais? Nao temos o poder de voltar atrás e a vida fez assim.
Se nao aconteceu do jeito que deveria ser, nao há porque se arrepender, nenhum sofrimento ou arrependimento vai fazer mudar.

Temos apenas que nos focar no hoje, sem pensar demais no futuro e nem no passado. O passado foi feito apenas pra transformar-nos no que somos hoje e principalmente, pra que voce nao o esqueça completamente, mas guarde os momentos bons dele consigo, e os ruins como um ensinamento pra que voce nao repita os mesmos erros que cometeu e nao volte à se arrepender deles.

Tem muitos momentos na vida que a gente nao sabe como agir e se perde nas emoções, não sabe pra onde ir, se perde completamente. Ja vivi momentos assim, e encarei tudo isso sozinha, mas ao mesmo tempo sem me dar conta.
Hoje vejo que seria tao diferente se eu tivesse partilhado com uma outra pessoa, ou com a pessoa que estivesse envolvida. Sempre tive dificuldades em partilhar meus sentimentos e pensamentos, não sei bem o motivo, mas sempre tive um bloqueio que sempre me impedia.
Realmente nao sei explicar o porque, mas fui assim desde criança.
Mas isso me fez tao mal, foi tao ruim guardar os sentimentos comigo mesma e nao conseguir colocar eles pra fora, que finalmente já me vi livre dele.

E no livro a sensação é de que ela aprende junto comigo, e isso o torna especial, pois nestes dias em que eu não consigo dormir, tenho me dado ao luxo de pensar um pouco, coisa que eu nao costumava muito fazer, e gostaria de ter aprendido antes que a cada dia nós precisamos ter o nosso momento com nós mesmos.
Muitas vezes a vida da gente é tao corrida que nao há tempo as vezes pra parar e pensar, refletir. Mas isso é essencial, e quando nós estamos tão envolvidos em uma situação na qual as vezes nem nos damos conta do que estamos fazendo, esse momento é muito importante, pra enxergar e ver a vida, como se estivessemos do lado de fora dela por pelo menos alguns minutos.

sábado, 9 de agosto de 2008

"Souls don't die"

Entao minha gente, eu comentei sobre isso já mas eu nao lembrava direito os detalhes e ainda nao lembro mas vou com calma agora. Eu nao vi a neve porque em vez de ir para uma montanha que eu sempre esqueço o nome, o nome é tao facil... Ah, Pilatus/Pilatos/Pil.... eu fui pra sei la onde nao me lembro tambem. Só sei que era uma montanha com uma vista belissima e com muita blueberry, e como a gente nao é bobo nem nada ( a gente nao porque eu nunca ia ter essa ideia), levamos algumas 4 vasilhas, para "caçar" blueberry no mato.
Eu como sempre, fui uma vergonha no quesito "pegar a fruta e colocar na vasilha".
Só consegui mesmo foi atrair uma abelha querendo se socializar, como sempre, e/ou matar a gente por estarmos roubando, totalmente sem escrupulos, a comida dela. Dessa vez eu deixei ela viver.

Enfim, saimos de la e paramos no caminho pra visitar uma parte do lago ou um outro lago, belissimo.
A noite, fui jantar na casa da Niko, ou alguma coisa assim, alias gostei muito dela. O jeito dela é espontaneo e sincero. Alias, o apartamento dela é muito bonito e bem no centro da cidade.
Conversamos sobre varias coisas e enfim, foi um bom jantar.

Depois disso fui pra Dublin COF COF haha e quando voltei o Omar estava aqui. Incrivel, eu falei tanto que queria ver o Omar, que né?! Enfim... O Omar é sempre engraçado, só pela cara dele e ele vive perguntando as coisas, a coisa mais absurda assim que ninguem sabe a resposta, ele pergunta.
Saimos no dia em que eu cheguei com uma Mexicana que chegou tambem no mesmo dia, chamada Cecilia, alias gosto muito dela tambem e o RRREI/RAAAIIIner, enfim, nao sei nem falar o nome dele quanto mais escrever, mas nao importa.
No dia seguinte fomos todos para Zug porque o Omar tinha uma entrevista de emprego e ele estava impecavel, todo social e mais parecido do que nunca com o Barak Obama. Tiramos varias fotos dele de Barak. AHHAHA Ai nao consigo nem lembrar disso sem começar à rir.
EEEnfim, à noite fomos ao cinema para ver um filme brasileiro. Sonhos de Peixe. Gostei, mas nao muito.
Depois no dia seguinte ele foi pra uma outra entrevista de emprego em Genève, ou seja, veio pra cá e não veio. Mas se ele é aprovado, ele vem pra cá MESMO. Mas tambem eu nao vou estar aqui, whatever...
A tardinha ele foi embora. Podia ter ficado mais, a presença do Omar é sempre indispensavel. É bom encontrar pessoas conhecidas depois de tanto tempo e ainda mais quando voce esta longe de casa.

Hm... Depois disso eu nao me lembro exatamente, mas fui ao lago ficar preta de novo, alias quaaanto brasileiro ficando preto no lago. Tinha ate brasileira vendendo guaraná no isopor.
Se achando em Copacabana.
É engraçado observar o nosso povo, eles sempre estao cheios de vida, e sempre procurando brasileiros e querendo mostrar pra todo mundo que sao tambem.
Enquanto eu pensava na vida, outra querida bee veio querer se socializar. Incrivel, mas eu acho que isso é pessoal.
Mas eu estava com um espirito maligno e quando ela se distraiu, eu peguei disfarçadamente o chinelo e a matei friamente. Fiquei com remorso depois, mas aí já foi.
Alias, ate uma joaninha da sorte posou em mim. É a segunda vez que uma vem tambem se socializar comigo. Mas mesmo sendo da sorte continua sendo uma joaninha, ou seja anda e ainda voa, e eu tenho nervoso. E eu nao matei ela nao, só pra deixar claro sociedade protetora dos animais. E sorte tambem nao tive nenhuma ate agora. Farsante.

Fui jogar boliche tambem, alias primeira vez, adorei.
Fiz um unico strike, mas tudo sorte de principiante porque depois a minha tendencia foi só piorar.
E ontem fui à um festival de curtas em Bülach. O filme da lagosta foi exibido, Chiquerrimo! Mas a lagosta ficou em segundo. Sou suspeita pra falar isso, ate porque de qualquer forma temos que torcer por nossos entes queridos, mas todos os filmes estavam muito bons sim, mas o que foi escolhido primeiro lugar nao era um dos melhores e a lagosta era bem melhor. Eu gostei da lagosta ficou muito bem feito. E aliás, eu fiz aí a legenda em Portugues, ok?! Erham...

Enfim, estou planejando aí uma ida á Amsterdam, e a Van acha que vai conseguir vir pra cá. E é isso aí, por hoje é só pessoal!

"Antes de morrer quero lutar pela vida. Se eu puder andar sozinha, irei até onde quero."

Este é um trecho de um livro que o sr. Peter me emprestou ontem quando fui até a casa dele.
Aliás uma casa com um acervo de dvds de dar inveja á qualquer cinéfilo e á qualquer criança, pois ele me mostrou uma das suas paixoes que é uma especie de ferrorama, mas imenso, todos os trens perfeitos, que soltam fumaça e fazem sons. Alguns feitos em diversas partes do mundo e tudo controlado por computador. Ainda inacabado, mas pelos olhos dele, ele nao vai parar enquanto nao ver tudo perfeito. Será ótimo para os seus netos, e pra ele tambem.
O meu irmao deve sonhar com um desses, já que ele guarda, em consideração ao que eu vi, uma miniatura de ferrorama com se fosse o seu maior tesouro.
Ele é uma pessoa de um olhar e expressao muito boa, e uma especie de criança grande.
Desde o dia em que eu o conheci no Rio, tive essa impressão. Ele parece amar e tenho certeza de que ama muito os filhos e tem muito orgulho deles. Ele fala dos filhos com um carinho mais do que especial, embora toda a historia que eu sei da familia, eu sei que ele faz tudo pra que os filhos tambem sintam o mesmo orgulho que ele sente.
Mas voltando ao livro, estou ainda no inicio, mas o livro é mais do que interessante. Se trata de uma jovem do interior do Brasil que seduzida pela ideia de ter fama e poder casar e dar à si mesma e à familia um futuro melhor, aceita uma proposta de um Suiço, em sua primeira viagem ao Rio de Janeiro, de ir para o exterior para ser dançarina. Até entao ela seria dançarina mesmo, ate ser demitida e receber um bom dinheiro de indenizaçao que daria para voltar para o Brasil e mais um pouco, mas ela nao queria desistir do sonho de ser rica e entao decide tentar a vida na Suíça como modelo. Como nao consegue, nao por escolha, mas o destino a levou á prostituição e ela nao lutou contra isso. Sem se importar com pudores, pois pra ela ninguem a conhecia ali e isso seria apenas uma fase de sua vida.
Ela nao poderia voltar pro Brasil e dizer pra sua mae que nao conseguiu ser estrela, nem dinheiro e/ou contar pras suas amigas que ela fracassou nos seus sonhos.
Mas nao é sobre isso que eu quero falar ainda. No inicio do livro ela conta sobre suas desilusoes e primeiras paixoes.
Em algumas situaçoes eu senti que lia as minhas proprias experiencias.
Ela relata que depois de tanto ouvir " Eu te amo" essas palavras nao fazem mais sentido pois sempre acabavam em desilusoes e ela decide entao nao mais amar e apenas utilizar dos homens prometendo à si mesma nao se apaixonar e nao se deixar envolver emocionalmente, pois pensava que os homens só traziam dor, frustação, sofrimento e ansiedade. Ansiedade de que a vida passe logo pra que possa surgir uma pessoa capaz de trazer um amor verdadeiro e de poder ser feliz e completa com alguem.
Ela prometeu nao apaixonar-se mais, pois a paixão estraga tudo.
Mas infelizmente nao é possivel controlar os sentimentos e a paixão sempre vem e quando vai, vem o sofrimento.
A Maria, sempre amou calada, ou amou em vão. Amou calada por medo do amor, por já ter sofrido e medo da paixao estragar tudo e isso faze-la sofrer novamente, ou de simplesmente nao saber se esta fazendo a coisa certa.
E amou em vão, pois todas as relaçoes que ela teve e que ela amou e soube ou nao entregar e se entregar, sempre acabou quando ela pensava que estava perfeito ou que estava perto de ficar.
E disso tudo só restou pensamentos de " será que a culpa de todas essas perdas foi minha, e por medo? e se eu tivesse dito ou feito de outro jeito, teria sido diferente?" e arrependimentos que poderão ou nao durar por toda a vida, e infelizmente a maioria dessas perguntas não terá a sua resposta.
Ela é forte, decidida do que quer, nao tem medo de enfrentar os seus limites e deixa que a vida se encarregue dela e só o que resta é olhar a vida de uma outra forma.
E foi a propria vida e o destino que a tornou desse jeito.

Vou mostrar um trecho muito interessante pra mim.
E já que eu aprendi tudo isso e hoje tenho essa visão do mundo e da vida, sempre procuro passar isso para as pessoas que eu quero bem, nao querendo que sigam o que eu digo, pois muitas coisas a gente só aprende depois que cai e se levanta inumeras vezes.

" O que quer o mundo de mim? Que nao corra riscos? (...) Ja agi mal quando tinha 11 anos e um menino me pediu um lapis e eu por ama-lo tanto, a minha reaçao foi ignora-lo. Desde entao, entendi que as vezes nao existe uma segunda oportunidade, é melhor aceitar os presentes que o mundo oferece. (...) Se tenho de ser fiel à alguem ou a alguma coisa, em primeiro lugar tenho de ser fiel a mim mesma. Se busco o amor verdadeiro, preciso primeiro de ficar cansada dos amores mediocres que encontrei. A pouca experiencia de vida que tenho, ensinou-me que ninguem é dono de nada, tudo é uma ilusão. Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida, acaba por aprender que nada lhe pertence.
E se nada me pertence, tao pouco preciso de gastar o meu tempo cuidando das coisas que nao sao minhas; é melhor viver como se hoje fosse o primeiro ou o ultimo dia da minha vida."

A vida é feita de riscos, se cair e só levantar, é querer buscar conhecer a si mesmo e ate onde voce pode chegar, é nunca desistir de seus sonhos, desejos e necessidades, NUNCA, nao pense que é impossivel ou que vai demorar muito pra acontecer. Voce nunca sabe, tudo pode estar mais perto do que voce imagina.
Muitas vezes quando voce finalmente alcança nao é como voce esperava que fosse. E é normal que se sinta insatisfeito, triste ou angustiado. Mas levante-se, se encontre, tente coisas novas e siga sempre adiante.

Eu tinha um sonho que era vir pra Europa. Sempre pensei que só poderia realizar quando eu ou meus pais ficassem ricos. Mas um dia eu nao estava passando por momentos muito bons, momentos de falta de auto-conhecimento, e de angustia, decidi que iria viajar em alguns meses.
Estava trabalhando num emprego que nao me fazia feliz, mas insisti, chorava quase todas as noittes, mas ainda continuei persistindo e guardando todo o dinheiro que eu recebia, me privando de muitas coisas e todo mundo dizia que eu nao ia conseguir ou que isso era ideia doida da minha cabeça e que nao era hora pra isso ainda.
Nao dei ouvidos, como nao costumo dar quando tomo uma decisao, e finalmente chegou o dia em que eu estava com todo o dinheiro das passagens em maos. Eu suava, e sorria, nao conseguia acreditar que eu finalmente tinha conseguido e iria fazer a viagem da minha vida e no momento em que eu mais precisava disso.

Esperei por meses, ate que estou aqui. Nada tem ocorrido como eu planejei, eu já lamentei, já chorei, mas a vida depende do lado em que voce a vê. Quem sabe tudo isso nao teria que ter acontecido? Quem sabe eu realmente nao antecipei e essa nao era a hora? Mas tudo isso, está me ajudando á me encontrar, me completar, á achar as respostas que eu precisava, á crescer, á ver o mundo por um outro lado, á dar mais valor ao que possuo, á nao pensar no que eu poderia/faria/estaria, nada disso importa.

Nao completei tudo o que eu queria aqui, mas hoje me sinto satisfeita com tudo o que eu tenho acrescentado na minha vida. E sinto que ainda tenho mais coisas pra levar comigo daqui. Negativas e positivas, TUDO se tem que levar um pouco pra saber o que é e como é viver.

Ainda tenho muitos outros objetivos e sonhos pela frente. Esse é só um passo que eu resolvi dar. Apenas um. Agora deixo que a vida se encarregue do restante, mas já com muitas experiencias e outras visoes pra ajudar a guia-la.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Women Prison

Enfim, nossa, tenho tanta coisa pra contar, tantas coisas inacreditaveis. Essa viagem tem sido mais do que uma simples viagem pra mim. Tudo tem acontecido ao mesmo tempo e tudo tem acontecido mais rapido do que deveria.

Vou continuar de onde eu parei. Bom, nao fui ver a Neve coisa nenhuma, alias vi, mas de longe, fui para uma outra montanha que eu nao me lembro mais o nome, "caçar" blueberry, e lutar com abelha, como sempre. Mas dessa vez nao dei uma de assassina nao.

Ficamos um tempo lá admirando o lugar que aliás, belissimo. Depois eu nao me lembro o que eu fiz. Se eu nao lembro é porque nao foi interessante.

Mas enfim, no dia seguinte, arrumei minhas maletas e fui pro aeroporto embarcar para Dublin. Tudo ok, ATE eu descobrir que o meu cartao de credito, simplesmente, nao esta funcionando aqui, que bello. Tentei ligar mil vezes para o Banco mas alguem aqui acha que alguem consegue falar com o Banco do Brasil? E a resposta é... NAO.

Mas nem me preocupei muito porque eu tinha a carta da Van, aí tudo belê. Embarquei, 1 hora e pouca só de viagem, mas dentro do avião eu tive a sensação de que eu não ia conseguir passar pela imigração. Mas agora não tinha mais jeito.

Quanto cheguei no passport control, tinha uma mulher e um homem. Eu pensei: Acho que vai ser melhor se eu for na mulher. Só que a mulher ocupou bem na minha vez. E eu tive que ir no homem com cara de " Eu vou deportar você". Enfim, fui tranquila, porque pra mim estava tudo certo. Assim que ele olhou meu passaporte e viu que eu era Brasileira, ele já mudou logo a expressão. Disse "Boa Tarde" pra ele, e mostrei os documentos que eu tinha. Ele imediatamente disse que eu nao podia ficar porque eu nao tinha a passagem de volta. Mas o email estava na mao dele com as passagens, ele realmente queria dificultar as coisas.

Ele viu as passagens e disse que a Van nao pode receber visitas, ou seja, eu já estava oficialmente deportada. Me fez um monte de perguntas sobre a Van que eu nao sabia responder. Me chamando de mentirosa quase o tempo todo, ele nao acreditava em uma palavra do que eu dizia. Entao eu disse pra ele que eu tinha dinheiro no cartão de crédito, conclusão: fomos testar o cartão e adivinha? Nao funcionou. AHA, VIVA o Banco do Brasil!!! Entao ele novamente me chamou de mentirosa e disse que eu nao tinha one thousand EVEN five hundred. Eles me colocaram numa sala trancada e nas paredes só haviam dizeres de, a maioria, de brasileiros. E enfim, fui revistada e enviada para uma delegacia junto com uma oficial.

Delegacia horrivel, na qual eu fui fichada e tiraram minha foto aquelas com data e tudo, coisa bem "sou perigosa, cuidado". A oficial disse que eu ficaria ali aquela noite. Eu entrei em pânico, porque era uma cela, sem nada, com um pinico pra fazer xixi, e fedorenta, o inferno basicamente. Perguntaram se eu tinha fome... COMO que alguem pode ter fome numa situação dessas? Só pedi para fazer uma ligação, e liguei para o Sims. Expliquei toda a situaçao, mas eles nao me davam nenhuma informaçao sobre nada, eu estava completamente sem saber o que fazer, e desesperada, eu nao tinha mais reaçao pra nada. Eles nao deixaram eu pegar nada da minha mala e tomaram o meu celular antes mesmo de eu saber que nao tinha sido aceita. Umas 3 horas depois, fui revistada e eles me levaram para uma prisão de mulheres, em Dublin 7 (que alias so fui saber que era uma prisão 1 hora depois). Já era noite e da van nao dava pra ver nem um pedaçinho da cidade.

Chegando na prisão, eu ouvi os oficiais dizerem que eu ficaria lá apenas até o Domingo de manhã. E isso era numa sexta-feira á noite. Comecei à ficar nervosa porque até aí eu nao sabia o que eles iam fazer comigo.

Fui revistada novamente, tiraram outra foto, pegaram todos os meus dados e me fizeram varias perguntas, se eu ja tive problemas com drogas, se eu já tinha tentado me matar, coisas assim.

Uma enfermeira depois veio e retirou minha pressão, e disse que eu visitaria um medico no dia seguinte pela manha, pra ver se eu estava bem. Me deram uma roupa, sabonete, escova de dente, tenis, tudo novo e limpo.

Outra oficial, que alias, um amor, me levou ate o meu "quarto" e me apresentou à minha Roomate, Bianca. Ela veio da Africa do Sul, tem 21 anos e está lá à apenas um mês e foi presa por trafico de drogas. 1kg de cocaina. A pena dela é de 8 anos e ela trabalha na cozinha da prisão.

A Bianca me levou ate o quarto e me explicou como funciona as coisas. Voce nao pode trancar a porta do quarto quando está dentro e tem que fechar quando sair porque as outras presas podem roubar as suas coisas. Ela me convidou para tomar um chá e me deu pão e disse que eu podia torrar e enfim, eu definitivamente nao estava pensando em comer, e apenas deitei na cama e chorei, como eu tinha feito o dia todo. E observando o quarto, uma belissima bandeira gay. Pensei se todas ali eram gays antes ou ficaram quando chegaram lá, ou whatever. Eu nunca pensei em toda a minha vida que eu poderia um dia estar em uma prisao. Ainda mais com 19 anos. Doía porque eu nao sou nenhuma criminosa e eu so estava tentando visitar um lugar, o que tem isso de mais? O que eu fiz pra eles fazerem isso? Só assim que eu passei à dar mais valor ao meu país. Porque o que mais importa pras pessoas é a sua nacionalidade e eu tenho muito orgulho de ser de onde eu sou, mesmo que isso atraia preconceitos em outros paises.

Peguei no sono, depois de horas, e fui acordada na manha seguinte com a "checagem". As oficiais sempre abrem as portas durante a noite, ou logo pela manha, pra saber se ta tudo ok. A Bianca tambem acordou e me explicou quando era o horario do almoço e que eu podia ficar no jardim. E logo me apresentou à uma brasileira que estava lá já à uns 5 dias pela imigração tambem. Ela parecia abatida, mas já um pouco adaptada. Foi bom ve-la. Nao me senti tao "prisioneira" pois ela estava na mesma situação que eu.

Fiquei conversando com ela por um bom tempo, ela sorria, assim como eu, pra tentar amenizar a situação. Ela contou que estuda e mora em Dublin e que foi pega na volta de Londres, onde ficou com o namorado por 2 dias, só porque nao estava com a carta da escola em que ela estuda em Dublin, em maos.

Depois ela me levou ate uma presidiaria Venezuelana, chamada Adriana, muito simpatica e atenciosa. Ela tambem foi presa por trafico de drogas, 4kg de cocaina. Estava lá à 8 meses. Tem 46 anos, e um filho. Sua irma morreu faziam 15 dias e ela parecia ainda triste por isso, mas disse que nao ia chorar mais por isso. Ela é talentosissima, faz esculturas e pinta camisetas, quadros e qualquer coisa. Os desenhos que ela mais gosta são os de anjos e ela estava trabalhando em uma camiseta que atras eram asas. Pediu minha opiniao varias vezes, mas nao gostou muito do resultado. Uma pintora exigente eu diria. Ela em todo o momento me tratou com confiança pra compartilhar os seus segredos, e me mantinha sempre com ela. Ate mesmo nas horas das conversas particulares, sabendo que eu entendia tudo o que ela dizia. Até ajudei quando ela queria falar com outras duas presidiarias, muito estranhas e feias, eram um casal, que nao sabiam falar em espanhol e o ingles dela nao é muito bom. Ela chegou ali sem saber falar nada, mas presta bem atençao e sempre le um pouco do dicionario.

A conversa entre elas era que ela queria arrumar um emprego ali, fazendo pinturas, assim como uma dessas duas fazia. Foi facil, a outra falou com um dos chefes e conseguiu o emprego pra ela e eu que dei a noticia, porque ela nao entendia em ingles o que era. Depois ela comecou a falar alguma coisa que eu nao entendia bem, porque ela nao queria ser muito clara, sobre a Bianca e uma outra chamada Sasha. Ela sorria pra mim e dizia: " Voce entende tudo né?!" Mas eu nao tinha entendido nada realmente. No fim da conversa, enquanto voltavamos para o jardim, ela disse: " Já que voce entende tudo, já sabe que eu sou gay!" E nao, eu nao sabia, mas pra mim nem seria tao novidade, pelo visto a maioria delas são.

Entao, eu cheguei a conclusao de que... ela esta querendo alguma coisa com a Bianca, minha roomate. Interessante.

Chegou a hora do almoço e a Raquel nao queria nem comer, mas eu insisti que ela fosse, porque ela nao podia se entregar assim. E o menu era: batata-frita, lasanha e salada. Ate que um bom prato pra uma prisão.

Nao consegui comer quase nada, mas fiz uma força. Depois quando desci encontrei uma senhora, de alguma igreja, dessas que visitam prisoes. E ela me deu muita força e foi muito atenciosa, me deu conselhos do que eu deveria fazer quando eu chegasse no aeroporto. Eu estava muito preocupada se eles iriam me deportar de volta pro Brasil e nao pra Suica e sobre as minhas malas que eu nem sabia onde estavam.

Depois fiquei um tempo no jardim com a Raquel e com a bela companhia de um cachorro branco lindo e amavel, que me fez tambem esquecer um pouco de onde eu estava.

Logo depois veio outra senhora, da igreja, e sentou pra conversar. Quis ensinar algumas coisas sobre Deus, mas nada que eu ja nao saiba e ja nao tivesse feito. Mas as palavras dela e o jeito em que ela me tratava foram tao fortes que eu nao resisti e desabei em lagrimas de novo e a Raquel tambem. Era só isso que eu podia fazer. Ela me disse que eu parecia um anjo e me deu um doce.

Eu só pensava o dia inteiro em ligar pra alguem pra avisar onde eu estava, já que eu só tinha ligado uma vez, e pro Sims, da delegacia, no dia anterior. Fiquei extremamente preocupada com todo mundo estar preocupado, e de como estaria a minha mae, se ela sabia de alguma coisa.

Eu pedi pra fazer ligacoes, mas naquele horario so podia as nacionais. E o numero da Van estava no meu celular, que estava no Aeroporto. Eu esperei dar o horario em que abria a recepçao e quando finalmente abriu, era PAUSA pras oficiais jogarem volleyball. ok. Fui ate la assistir o jogo e era Presas x Oficiais. Todas elas num clima bem descontraido e se abraçando coisa que eu nunca vi igual. Enquanto a Bianca fazia um aquecimento, a Adriana olhava ela com olhar de cobiça. Foi aí que eu tive certeza que era isso mesmo que eu tava pensando.

Alias, a quadra todo mundo pode usar e ao mesmo tempo, e tem sala de ginastica com todos os tipos de aparelhos e lá pode praticar quase todos os esportes.

Desisti de assistir porque nao parava de pensar em ligar e chegando no jardim, uma ruiva, que eu nao me lembro a nacionalidade, ela nao falava ingles e nao sei que lingua era aquela, ela me entendia perfeitamente, mas eu nao entendia uma palavra do que ela dizia, disse que a Raquel estava com visita. Era o namorado. Eu queria tanto que a Van fosse me visitar, mas infelizmente nao lembrava o telefone dela de cabeça.

A Adriana voltou do jogo e me chamou pra acompanha-la, porque eu estava no jardim sozinha, pensando. Novamente fomos no quarto daquele casal esquisito e ela começou á dizer que amava a Bianca e que queria se mudar pra mesma casa que eu, pra poder ficar perto dela. Essa prisao funciona assim: sao casas, com varios quartos. Quando dá a hora de todo mundo recolher-se, as oficiais trancam a porta das casas e só pode haver circulação entre os quartos. E não entre as casas.

Ela disse que ia ver com alguma oficial se podia mudar. E tambem, ja que eu estava saindo, seria perfeito pra ela se ela pudesse ficar no mesmo quarto que a Bianca.

Depois da conversa, voltamos para o quarto dela pra que ela terminasse sua pintura e pra assistir um filme. O filme nao era la dos muito bons, um suspense, mas ate que foi interessante pra distrair e a gente rir um pouco. A Raquel dizia que depois de estar ali, nenhum filme de terror assusta mais. Acabou o filme, e a Adriana me contou que ela tem um celular no quarto, que ela conseguiu. E pediu que se eu pudesse fazer um favor enorme pra ela, que seria comprar um cartao pra recarregar o celular, pra que ela possa entrar em contato com a familia. Ja que la voce so pode fazer apenas uma ligacao por dia. E eu vou fazer isso por ela. Ela me ajudou tanto que eu nao poderia dizer nao.

Chegou a hora da janta, mas eu nao quis comer. Ainda pensava fixamente na ligaçao que eu tinha que fazer. Entao voltei la e ela pediu que eu voltasse meia hora depois. Quando voltei, ela disse que eu nao poderia fazer mais ligaçoes naquele horario. Eu esperei o dia inteiro, ja sabendo que isso ia acontecer. Comentei sobre isso com a Adriana e ela disse que no dia seguinte eu poderia ligar do celular dela, se eu comprasse os creditos. Boa troca. Mas eu esperava nessa hora ja estar no aeroporto voltando pra Zürich.

Voltei para a casa e as oficiais nos trancaram. Nesse meio tempo, eu encontrei uma mulher no corredor chorando e falando ao telefone. Chegando mais perto, pude ouvir ela falar em Portugues, e logo vi que ela era brasileira e estava na mesma situaçao que eu. Corri pra ver se eu conseguia contar pra Raquel pra que ela nao se preocupasse, se eu fosse embora no dia seguinte, porque chegou mais uma da nossa terrinha. Mas nao dava mais pra ir para a outra casa.

Ela parecia transtornada e abatida assim como eu estava no primeiro dia. Entao dei um apoio à ela assim como eu recebi quando cheguei e à apresentei à Bianca, que tambem ensinou mais coisas á ela, já que ela iria ficar até à quinta, porque na segunda era feriado na Irlanda.

Ela tambem nao conseguia comer assim como eu, mas fomos ate a cozinha pra que ela tentasse. Lá ficamos conversando com outras duas presas, mae e filha, que nao quiseram dizer o motivo de estarem ali e juntas, e ela ainda tem outra filha presa ali. Ela conversou muito com a gente e me apavorou dizendo que eles iam me mandar pro Brasil. Elogiou o meu ingles, e foi muito simpatica e se mostrou preocupada comigo por eu dizer que nao queria voltar pro Brasil. Como voltar pro Brasil se eu mal cheguei aqui??? Eles nao podiam fazer isso. Ela contou sobre algumas coisas de prisao e que a gravida que estava ali, tambem foi presa por trafico assim como a maioria, mas que tambem tinha assassinado uma pessoa.

Nessa prisao tinha mulheres muito bonitas e de varias partes do mundo e elas pareciam estar felizes ali. Tinha uma outra Venezuelana que estava com uma filhinha de meses. Só imaginei a hora em que ela tiver que se separar dessa criança.

Fiquei conversando muito com a Maria, a Brasileira, no quarto dela. Ela contou um pouco sobre a vida dela e tambem porque estava ali. Ela namorou um tempo com um traficante de Galles. Ela disse que so foi saber que ele era traficante depois que ja estava com ele e ele era usuario e viajava muito. Nao tao dificil de chegar à essa conclusao. Ela disse ser apaixonada por ele ate hoje. Ela foi presa pela imigracao porque ela comprou um curso em uma faculdade em Dublin, e estava vindo da Alemanha, onde deixou a sua filha pra estudar lá. Só que ela ja morava em Dublin ilegal, e ao passar pela imigraçao, devido à um cadastro que ela tinha em um restaurante em que trabalhou, eles descobriram que ela ficou 3 anos na Irlanda ilegal. Ela nao precisou dizer mais nada. Ela tinha dinheiro e estava tentando legalizar a situaçao, mas eles disseram que vao mandar ela de volta pro Brasil porque ja tem muito Brasileiro na Irlanda. Ate que ela nao esta tao triste, pois disse que à muito tempo nao ve os filhos e os parentes. Ela parecia mais tranquila agora.

Depois chegou a enfermeira, com o meu remedio pra dormir. Tive que inventar uma historia de que tomo anti-depressivos só pra dar trabalho e pra que eles me dessem um calmante.

Uma das oficiais que me viu no quarto conversando com a Maria, disse que se eu quisesse eu podeira dormir la com ela aquela noite. Entao eu peguei as "minhas" coisas no quarto da Bianca e desci. Ficamos conversando por mais um tempo, mas o remedio ja tinha feito um bom efeito e eu nao conseguia mais raciocinar. Ate que caí na cama e apaguei. Só conseguia pensar em ir embora na manha seguinte.

Fui acordada por uma oficial perguntando o meu nome. E finalmente, eles vieram me buscar e eu ia voltar. Me despedi da Maria e desejei boa sorte, enquanto a oficial me deu so 5 min pra que eu me aprontasse.

No caminho ate a recepçao, a oficial tambem e desejou boa sorte e foi muito amavel.

Novamente fui revistada e entrei na Van com dois oficiais. No meio do caminho eles pararam pra buscar uma mulher que tambem parecia muito abatida. Pouco depois, eu ja estava no aeroporto.

Trancaram, a mulher e eu, em outra sala daquelas em que eu fiquei pela primeira vez. Ai entao perguntei de onde ela era, ela disse que da Bolivia e que era casada com um Ingles. Ela so foi presa porque ele devia estar junto dela, mas o voo dele atrasou e ele chegou umas 3 horas depois. Ela disse que gastou 4 mil dolares pra vir e que nao tem mais esse dinheiro. O marido dela vive em Londres e ela quer vir morar com ele.

Conversamos por muito tempo, enquanto esperavamos e eu pedi pra fazer uma ligaçao. Liguei para o Sims, dando sinal de vida e ele me contou que meus pais ja sabiam de toda a situaçao, me deu uma dor muito grande no coraçao ao saber que eles deviam estar muito preocupados. Ate agora ainda nao sabia se voltaria pra Zürich ou nao. Ele disse que ligou e que eu voltaria pra Zürich sim. Fiquei mais aliviada e depois que desliguei confirmei com a oficial que perguntou se eu me sentia bem e se eu queria comer. Eles foram ate uma lanchonete comprar alguma coisa pra mim e pra Boliviana que eu nao perguntei o nome.

Duas horas depois eles vieram buscar a gente e finalmente eu ia voltar. Mas eu ainda nao estava tranquila porque poderia acontecer alguma coisa no aeroporto de Zürich.

A viagem foi mais longa do que parecia e a sensaçao de deixar Dublin era maravilhosa. Era de um alivio muito grande e toda aquela pressao e todo aquele trauma que eu passei, pareceu sumir da minha cabeça. Eu nao sei de onde eu tirei tanta força pra aguentar e superar tudo isso, mas eu acho que ja passei um momento muito pior do que esse na minha vida.

Chegando no aeroporto daqui, fui encaminhada pra um policial. Fiquei morrendo de medo, mas procurei passar tranquilidade pra ele e respondi as perguntas que ele me fez e ao contrario do imbecil de Dublin, ele entendeu e me liberou.

Quando eu cheguei no saguao das malas eu suspirei aliviada, e quando eu vi o Sims e o Omar me esperando, eu deixei toda aquela tristeza pra tras pra continuar as minhas férias como se nada disso tivesse acontecido.

Continua...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Comer, come-er...

hallo!
Nossa eu ja nao me lembro um monte de coisa, mas vamos lá. Hm, ontem eu fui ao zoo aqui de zurich, ver os bichitos e nossa como é bom ver bichos. Primeiro foi pinguins tendo um summer time, depois o Nemo, alias varios Nemos e seus amigos. Depois mais pinguins, e sapos e elefante, e cabra, a cabra foi na parte em que voce pode tocar nos bichinhos, tive ate uma conversa com um bichinho la que eu nao sei o que é, ele era bem comunicativo. Coloquei a mao no porco, mas ele tava sujo de lama, iec. E ah o Leao estava sei la meio antipatico, maybe no seu bad hair day, e nao apareceu pra dar o ar da graça. cretino. Andamos por umas horas, e depois voltamos pra casa e eu morri, completamente. Incrivel como aqui eu fico cansada facil, eu sempre to cansada mas nao como aqui. Chegando em casa, a Dominique, nao sei como se escreve, mas é esse o nome, fez uma torta que ela sabe fazer muuuito bem, e assistimos a um filme de comedia com o matt perry. Ele sempre fantastico.
E foi só, super fiz um monte de coisa ne, e a noite, um pouco de family guy.
E depois me deu uma vontade louca de comer porcaria, eu sempre tenho uams vontades loucas mas essa foi demais, tipo massa assim... pizza, macarrao... Ainda estou hoje, tenho que comer porque senao meu filho imaginario vai nascer com cara de massa. Mas agora só amanha.
Hoje, ja foi mais tchum, o Sims pegou o carro e fomos ate Luzern, uma cidade turistica daqui que nao tem muito o que fazer, mas muito bonita. A cidade da ponte que pegou fogo e depois construiram uma nova igual, super turistico. Passeamos de barco por uma estação e lá estavam as pessoas deitadas na grama, pegando sol, tao tipico europeu, mas eu fiz tambem e nossa, é legal fazer isso. Fomos ao cinema, imax, onde atela é maior do que o normal, pra assistir um documentario sobre o oceano. O melhor é que como tudo eles dublam aqui, isso é terrivel completamente porque eu quase que " que nao aguento mais" ouvir tanto kopfkopf, mas enfim, o filme eu pude ouvir em ingles em um tipo de telefone e lá estava a voz do Johnny Depp, narrando, nao sabia se olhava o peixe ou se ouvia só o Johnny Depp ( sensacao de falar com o johnny depp no telefone super). O "filme" acabou bem rapidinho, e fomos para a casa da mae da Natash que estava fazendo um churrasco ( repare quantas vezes eu ja comi churrasco aqui). Chegando lá havia uns Tailandeses que eu nao sei como conhecem a mae dela, mas enfim, super engraçado o jeito deles, porque juntou chineses com tailandeses e eles falam muito e bebem muito tambem, e uma tailandesa cujo nome é alguma coisa tipo "oe", me deu uns chips de paprika, ta, peguei, adoro esses chips aqui, só que ela sempre me dava mais e dizia " dont stop" haha, so funny. Depois o outro tailandes fez um mix de biritas pra mim, coquetel de frutas com pro seco com champagne, mas ate que ficou muito bom, e chique, claro.
Depois a melhor parte, o dinner, comida tipica suica disse o sims, mas com muita pimenta algumas coisas, tipicamente asiatico. Entao o Tailandes que droga que eu nao me lembro o nome dele, nao conseguia falar o meu nome entao me denominou Rio. E tirou algumas fotos minhas e disse que eu tenho beautiful and charming eyes (ui, reflita). Conversa vai e vem, e a mae sempre colocando mais comida e acho que eu nunca comi tanto aqui.
Mais tarde o irmao dela chegou e nao se lembrou de mim, e enfim, disse o meu nome novamente e uns 5 minutos depois ele perguntou se eu tambem era da Tailandia. Tipo que super tenho cara de tailandesa, mas a gente pode ignorar essa parte. Eu o conheci na festa doida lá da noiva velhinha mas ele disse que estava meio bebado entao nao se lembra. Mas enfim, conversei com ele um pouco e ensinei um pouco de "portugues para pegar garotas" mas expliquei tambem que no Brasil voce nao precisa falar muito pra pegar uma quando ela gosta da pessoa.
Nossa, eu ri tanto quando a mae chegou e trouxe um album de fotografias e explicando para a outra tailandesa " essa é minha filha, quando ela era bebe ela era feia, ai so tem foto dela maior porque ai ela ficou bonita". Que mae!
O sims ficou me zoando que eu pareço mal educada na hora de me despedir e em algumas situaçoes, mas nao, é doideira ou as vezes posso parecer porque meu costume é diferente, auqi quando voce diz tchau e tal, quando voce esta indo embora, alguem vem e me da a mao, eu aperto e quando nao vem, e tem muita gente, eu apenas aceno e digo tchau see u coisa assim, mas sei lá, eu nao sou mal educada, que doido, ser'a que eu estou parecendo mesmo? Enfim, depois de tanto comer, eu voltei pra casa e tenho que dormir cedo porque amanha eu vou ver a NEVE. FINALMENTE! E vai ser meu ultimo dia aqui por enquanto.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Vai rolar muuuita confusão de linguagem

Ai ai ontem eu acordei tao zuzu ainda depois de guetear all nite, que nao consegui sair de dia nao, fiquei deitada vendo um programa no minimo nem um pouco bizarro, em que uma apresentadora jogava ovos na parede, nao sei porque, nada aqui tem legenda, eles pensam que é facil esse koofpkfokfpfk todo. Mas tinha uns ovos menores, e depois um ovão grandão, e eu, burra como sou, perdi essa parte do ovão. O ápice do programa. Será que ela jogou?? Enfim, depois o sims chegou aqui pra eu retirar o ponto do meu dente QUARENTA E SETE LITROS DE ANOS depois, eu mesma tirei, mas depois eu percebi que ele nao saiu todo não. Que bom!
Depois corremos para pegar o trem para ir pra bülach, pra um dinner, e eu percebi que eu perdi na club night, 50 francos. Eu tenho sido muito inteligente ultimamente, mereco palmas, POR FAVOR PALMAS (clap clap clap).
Pegamos el trenzito, e tinhamos que procurar a natash la, entao tinhamos q trocar de vagao, tao emocionante, so que em um deles uma mulher estava bem na porta com uma bicicleta e nao saiu nao, porque tipo OI VOCE ESTA NO CAMINHO SUA IDIOTA, e sabe que as pessoas aqui nao se tocam? Eu no Brasil teria insistido ate ela sair. Eu insisti mesmo estando auqi e mesmo ela sei la podendo me empurrar pra fora do trem, mas nao muito. Controle-se.
Encontramos ela e blabla, chegamos na casa e tinha um casal chileno que não tinha nem um pouco cara de chilenos, mas o filho deles tinha uma cara de argentino incrivel, á cara do teves, sabe o Teves? Só que uma cara não tão feia assim.
Conheci todos os irmãos, o mais velho e o mais novo são parecidos, e a Rina tem um pouco de cada um. O mais novo é a cara do Max Fercondini, medo (google images).
Foi engracado voce pensar que naquela mesa tinha Suécia, Chile, Brasil, Suíca, cada um com sua lingua, seu costume, jantando juntos como uma familia assim, bem legal.
Teve um brinde, que a Chilena fez, muito boazinha... E na Suica vc diz "Prost!" ou coisa parecida e eu não sei porque mas sempre vem na minha cabeca aquela coisa: " É prost, é prostituto..." HE!
Eu conversei muito com a Chilena e ela é muito simpática, mas conversávamos em ingles, entao todo mundo perguntava: mas porque vcs estao conversando em ingles? Porque nao Espanhol?... Er... Porque as linguas sao diferentes?! Mas enfim, normal, eu posso entender o Espanhol, mas obviamente nao posso falar. Mas ela nao entende o Portugues. E sempre que a Rina falava em Espanhol, tinha um que traduzia pra Alemao, e enfim, tanta conversa cruzada com varios idiomas e confuso, mas muito interessante. A chilena fez uns drinks de pisco, chamado pisconaomelembrooresto, muuuito bom, bebi uns 5 copos, será esse o motivo da minha dor de cabeca hoje? deixa eu pensar.... (TEMPOOO! tictac)
A comida estava ótima, mas logo tivemos que sair pra nao perder o trem ( ruuun forrest vc vai perder o treeeem, forest o treeeem ps: nao tinha essa do trem com o forrest, eu acho). Ah, voltei pra casa satisfeita e cansada, eu estou sempre cansada, é uma coisa assim bem básica.

Vou curtir minha dor de cabeca e tentar fazer uma sopa.

byebye

sábado, 26 de julho de 2008

The wedding day

Bueno, continuando minha saga, fui até o Centro e andei até o museu mas já era acho que 16:30 e o museu fecha as 17h então não ia valer a pena. Então finalmente eu fui conhecer a Langstrasse, long street, rua longa, como preferir. É uma rua muito famosa aqui porque é a rua das "colega", das "bee", dos estrangeiros, dos drogados, de quem quer caçar as "colega", das pessoas estranhas, e obviamente onde tem putaria, e etc, os Brasileiros sempre estão lá. Incrivel.
Mas enfim, depois fomos todos á uma festa de aniversário que não era de aniversário e não me lembro do nome do menino, dono da festa (a pessoa que come e bebe e etc e não sabe nem), e era uma tipica festa com decoração de festa e pessoas com cara de festa. Mas aí como sempre tem que acontecer alguma bizarrice, de repente apareceram sei lá uns velhinhos, talvez vizinhos ou whatever e ficaram lá sei lá fazendo o que tambem, taaao bonitinhos. Até aí tudo bem, eles depois sumiram por sei la cerca de meia hora mais ou menos, e de repente me surge os dois. O velhinho ate que arrumado pra qualquer ocasião, mas a velhinha com um vestido de noiva de véu e tudo. Eu não sei o que pode ter ocorrido na mente deles pra ela decidir colocar um vestido de noiva, mas enfim, então colocaram lá uma musica suíça ou qualquer coisa estranha e velha definitivamente, e o casal 90 começou a dançar, tipo que o CASAL não né, só o velhinho dançava, outro tipo de dança estranha e a velhinha meio que se arrastava porque eu nao to de brinks com a idade nao. Acho que só aqui eu poderia ver uma coisa dessas.
Bizarrices á parte, vamos ao cliche tipico americano. Ah, esqueci de comentar que o dj da festa era uma merda, assim, coitado, mas tá, então, eu já assisti alguns filmes americanos de festa assim, que aí um vizinho chama a policia, um vizinho chato, ou velho, ou as duas coisas e a policia chega, com a mao na cintura e fala essas baboseiras todas de barulho blablabla. Não é que quando eu estava saindo, os cops chegaram? Tão cinematografico!!! foi um momento muito significante na minha vida, nem vou dormir essa noite.
Mas enfim, voltei pra casa "morrida, enterrada" mas só consegui dormir já eram sei lá... 5 e meia da manha.
No dias seguinte, hoje, eu acordei nao me lembro que horas, e tava com tanta preguiça que nao conseguia pensar em fazer nada. Mas entao a Andie me ligou dizendo que ia passear no lago e me chamou e que depois àa noite, nos iamos para uma boate ou nao sei como chamam aqui.
Whatever, ela chegou, mas eu nao sabia que iriamos enfim, ficar no sol, tipo ficar mesmo no sol, coisa que eu nunca faço ne, mas entao, no carro ela me contou e eu estava de calça jeans, coisa bonita supe verao, dai entao nos fomos ate a casa dela pra pegar umas coisas e ela me emprestou um biquini ( lais de biquini, reflita!) e entao fomos e tinha mais 4 pessoas lá, bem legais tambem, depois chegou mais um, teve churrasco ( ja é a 3a vez que eu como churrasco, to na suiça mesmo ou ta de brinks?!) e eu fiquei la, à aaaaaaanos que eu nao pego sol desse jeito, ainda bem que não estava tipo aquele sol quente do Rio, mas eu to meio... meio... mini bronzeada ( lais bronzeada, reflita again!).
Enfim, voltamos à casa dela, tomei banho, relaxei um pouco, depois viemos aqui pra trocar de roupa, e fomos para a boateclubbarenfim e o dj era muuuuuuito bom, hip hop super do gueto, lugar meio quente tipo o clandestino assim, muita gente estranha, acho que a maior parte das pessoas eram meio estranhas, 90%, bebi uma cerveja que é pra mulherzinha, porque nao tinha outra coisa, que fresca, e na hora de ir embora, chuvaaaaaa êêê, primeira chuva na Europa pra dar sorte ( nossa, que bosta que eu falei) e enfim, MORRI morridamente de novo, mas tô aqui.
Pronta pra ouuutraaa babeee, c'mon everybody put ur hands in the air YOOOOOOOOOOO!

tschüssssss

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Good Morning!

Well, ontem nao teve fondue pra todo mundo, só pra mim! Mas muito bom!! Era esses de microondas, mas o queijo suico é bom de qualquer jeito. Só não tive, como dizem, o feeling de comer do jeito "especial", mas enfim, é gostoso. Ai meu Deus, esse aqui poderia ser oficializado como o país das porcarias engordativas sem problemas.
Depois assisti o filme da lagosta. A historia é muito boa, as imagens tambem, mas mesmo assim ta pra nascer um melhor que o do cachorro. Definitivamente.
Estou tentando fazer esse computador funcionar. Tem hora que ele gosta de mim, tem hora que não, mas ele está se acostumando à cooperar.
Ah, eu nao contei dos japoneses, coreanos, enfim... dos olhinhos puxados lá.
No dia que eu fui pra Zürich sozinha, eu nào sabia onde era o tal do relogio velho grande, que é tipo um "ponto de encontro" da estacão de trem. Then, eu desci do trem e vi uma cafeteria assim, bem vazia, e tinha esses dois japoneses. Um coroa, digamos assim, e uma jovem. Eu cheguei até ele e perguntei:
" Do you speak english?" " Yes, but she is better" (apontando para a outra japochicoreawhatever)
Entao eu expliquei que tinha que encontrar um amigo e perguntei onde era o "big old clock".
Então ele disse que se eu precisava encontrar um amigo, que eu não precisava procurar, ele era amigo, os dois eram amigos. Eu caí na gargalhada, obvio. E entao ele me explicou que tinha que subir e depois seguir reto.
Ai eu agradeci e ele disse que se eu nao encontrasse o meu amigo que eu podia voltar lá e tomar um café com eles. E se eu encontrasse tambem.
Achei tao simpatico, adorei pedir informacao! Mesmo que ele tenha convidado pro café porque a cafeteria nao tinha ninguem e eu ia ser quem sabe a primeira cliente. Obviamente que eu nao voltei pra tomar o café com eles.

Eu acabei de acordar. Acordo ceeeeeeeeedo (cof) . Ontem eu estava calculando e planejando minha viagem pra London/Amsterdam. Tenho pouco dinheiro, mas tomara que caia do céu, assim como acontece com a Van. E falando em Van, ela conseguiu uma alemã pra morar la, then o kopkopkofkpfokf nao vai acabar tão cedo, mas eu já até que estou me acostumando.
E pra London, ela vai comigo, e já tem idéia mais ou menos de quando a gente vai. Eu que nao tenho, mas ela tem.
Agora Amsterdam, ela já nao sabe mais se vai poder (vaca) mas eu vou de qualquer jeito. hihihihihihihihihhihihhihihihIHIHIHIHIHIHIHIHHHIIIIIIIIIIIIIIIII.

Parou.
Daqui a pouco eu vou pra Zürich again. Estou morrendo de sono, não sei se vou agora e enfim...
Oficialmente vou ao museu.
Depois conto as novas impressoes de Zurita.

Tschüss

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Bom, continuando...
Depois na quarta-feira, ontem, fui até o " topo de zürich". É um morro, montanha, whatever que voce nao necessariamente precisa SUBIR, porque o trem vai até la, mas os andares da torre voce tem que subir. Poucos, mas foi cansativo. De la da pra ver o lago e toda a cidade e mais alguma coisa. Alias TODA a cidade é bem pequena. Mas muito bonita. Nao tem predios quase entao a visão é bem ampla de tudo. O bonitinho que eu achei daqui é que os cachorros podem andar de onibus, trem, barco, ir nesses lugares turisticos... Eles devem ser bem felizes aqui. No inverno nao muito, mas esse verao é bom pra eles.
Mais tarde fomos em um restaurante chines. Eu gosto de comida chinesa, alias achava que conhecia, mas o que é china in box quando voce tem um restaurante desses. Entao, chegaram mais duas pessoas que eu nao me recordo mais o nome. Bem simpaticos tambem. Comi um spring roll, que era a unica coisa que eu tinha certeza de que era bom. Saimos de la e fomos novamente comer aquele sorvete ma-ra-vi-lho-so, mas dessa vez eu tive que escolher o caramelita. Amo caramelo.
Outra coisa interessante que tem acontecido é que por 4 vezes contando com hoje, algumas pessoas olham pra mim e sorriem. E isso nao parece ser muito o costume deles. Acho que eu tenho uma cara feliz, ou sei la, enfim.
Voltei pra casa e novamente nao consegui dormir como deveria ja que hoje tive que acordar as 8.45 para ir ate Rheinfall, nao me lembro se escreve-se assim mesmo.
É uma cachoeira daqui, tipo uma mini mini 9387395793 vezes mini Cataratas do Iguacu Suíca. Belissimo la tambem. Na ida, o trem passou por uma parte da Alemanha, entao a unica coisa alemã que eu vi ate agora foi mato. E o mato e as casas de la pra mim pareceram, como sempre, iguais as daqui. Nao da pra ver muita diferenca. Foi muuito cansativo ja que eu ja estava cansada de nao ter dormido direito e tem muitaaas escadas la e subidinhas e o caminho ate a estacao nao é muito, mas quando voce ja morreu nas escadas, é foda, digamos assim. RIP Lais.
Hoje mais tarde vai ter fondue e agora eu vou descansar.

tschüss

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Euro Trip

Hallo!
Onde esta Lais? ahn? hein? na Suica mano brown.
Eu cheguei aqui fazem sei la quantos dias, ja perdi as contas porque nem sei que dia é hoje.
A Robertonilda e a Letilcen foram me deixar no aeroporto. Que bom porque eu sou meio desligada e como foi minha primeira viagem eu estava realmente meio perdida.
Me despedi na hora de entrar na sala de embarque e foi meio doloroso porque aquela foi a hora que eu percebi que eu ficaria longe delas e das outras pessoas que eu amo.
Logo quando entrei veio uma funcionaria do aeroporto pra perguntar se eu sabia sobre a imigracao e blabla e sugeriu q eu fizesse um seguro de saude como na Franca eles exigem e eu ia passar pela Franca primeiro e maybe a imigracao poderia me parar e encrencar e pra nao arriscar, eu fui la e fiz, dinheiro foi embora mas eu fiquei mais tranquila.
Quando fui passando pelo corredor pra chegar no aviao, havia aqueles grupos de pessoas animadas e pegando cada folheto e revista que viam pela frente e eu bem calmamente e me sentindo meio estranha, enfim, eu daria tudo pra poder ver a cara que eu estava.
Cheguei ate o aviao e os comissarios gayzinhos franceses deram o seu "oi" e sorriram simpatico pra todo mundo que entrava.
Quando sentei, so desejei que nenhuma velha, nem crianca, nem homem que ronca sentasse do meu lado. Ate que chegou um business man, sério e com um aspecto de cansado, e deu pra ver a passagem que dizia London. Ao lado dele, um outro homem, mas com uma cara bem mais simpatica. Pedi que ele colocasse por favor a minha bagagem no alto pq tava meio completamente pesado.
Logo serviram bebidas, tinha champagne e tudo mas eu fiquei com vergonha de pegar. Foi anunciado a decolagem e o tempo de viagem: 10 horas :(
As primeiras 2 horas foi tranquilo, eu nao senti passar. Mas depois foi ficando frio e nao tinha muito o que fazer e aquele homem serio do meu lado. Depois de um tempo (dava pra perceber que ele estava tentando) ele conseguiu dormir e BEM na hora em que me deu vontade de ir ao banheiro. Adoro quando essas coisas acontecem. Ai fiquei com vergonha de acordar ele e aguentei por mais CINCO horas. (PALMAS)
Até que ele acordou por causa do lanchinho e eu pedi licenca e aaaaah que beleza, a viagem ficou muito melhor depois.
Ja era umas 6 horas da manha do dia 19, quando eu abri a janela e... nossa nao tenho nem palavras... aquele era o lugar mais bonito que eu ja tinha visto em toda a minha vida.
Durante a viagem, os comissarios gayzinhos vieram umas 5 vezes pra oferecer comida e bebida. "Madam?" ­/sotaque frances muito bonitinho, alias desperdicio de ser gayzinho. Eu so tomei o cafe da manha, muito bom inclusive, mas na janta eu tava tao mal por nao conseguir dormir que nao consegui, mas a aparencia era muito boa.
Bom, depois de tantas horas, cheguei em Paris e fui diretamente seguir as pessoas até encontrar o meu caminho e alguns brasileiros e pegar o outro aviao para Zurich. E NAO passei pela imigracao. O que é muito bom saber depois de ter feito um seguro " a toa". Passei por umas pessoas simpaticas ate chegar num chinezinho que é a pessoa que voce tem que mostrar a sua passagem e ele teria que te dizer onde é a plataforma. Mas na Franca, pelo menos em Paris, eu percebi que nem todo mundo fala ingles. Mas como ele é funcionario de um aeroporto internacional, ele deveria saber. Mas enfim, depois de umas mimicas eu consegui entender, e la fui atras da outra plataforma de embarque. Esperei por mais uma hora mais ou menos, ate que chegou um onibus que ia nos levar ate o mini-aviao.
No mini aviao, mais comissarios simpaticos e sorridentes, mas o pao era eca. So disso que posso reclamar de todo o trajeto Rio-Zurich. E ah, do homem que dormiu na hora certa.
Chegando em Zurich fui passar pela belissima imigracao. Nao fiquei com medo porque estava com tudo certinho, e esse era outro funcionario muito simpatico. Ele olhou meu passaporte, perguntou o que eu estava/ia fazer na Suica e eu mostrei a ele e ele me deu tchau e pronto, minha bagagem estava la bonitinha, peguei meu caminho e o sims ja estava la me esperando.
Cheguei aqui no apartamento um pouco exausta mas nao com sono. Mas mesmo assim fui tirar um cochilo e then quando eu acordei comecaram a chegar pessoas para um mini-churrasco, so nao me lembro o porque do churrasco, mas enfim, todos eles eram muito legais, mas eu estava meio "onde estou, quem sou eu/lesada" ainda.
Bom, a festinha acabou e odeu tchau e deixou um quarto soooo pra mim. Mas como foi a minha primeira noite eu estranhei e nao consegui dormir e nao foi muito bom.
No dia seguinte, eu acordei bem tarde e almocei nao me lembro o que, mas lembro que era bom. Depois a noite, o irmao gemeo do sims que eu sempre achei que nao tinha nada a ver com ele e agora tenho a certeza mais que absoluta disso, chegou, trazendo um video game muito legal pra fazer a nossa diversao de domingo. Alias, um video game bem cansativo. Aquele que voce tem que fazer os movimentos com as maos como se voce estivesse jogando boliche ou qualquer outra coisa, de verdade. Foi bem engracado e sugou todas as minhas energias, mas novamente eu nao consegui dormir.
Nao tem nada a ver com aqui, porque a minha insonia é cronica em qualquer lugar. Pra melhorar e me ajudar a dormir, eu tive novamente aquela coisa que eu nao sei o que é. De repente meu coracao acelera e minhas maos tremem e eu fico mais gelada que sei la, neve nos Alpes. Eu nao sei o motivo, e acho que nao quero saber, mas as vezes me assusta. Ao contrario da minha irma, eu nao penso que vou morrer por causa disso.
No dia seguinte, fomos conhecer o centro de Zurich. A arquitetura aqui é muito bonita e tem gente de muitos lugares. Os que mais se destacam sao os muculmanos ou whatever. Como é periodo de ferias as criancas estao em toda a parte tambem. Correndo e zuando tudo. O engracado aqui eh q vc tem q pagar pra usar o transporte publico mas n tem cobradores. De vez em quuando pode passar um e vc tem q mostrar o ticket. Mas eu ja andei algumas varias vezes e nao veio ninguem cobrar. Mas é bom previnir, porque tem multa se eles te pegam. Depois seguimos para Bulach, outra cidade proxima para um passeio de barco. O pouco que eu vi, achei mais bonito do que em Zurich. Nao sei, mais tranquilo. O passeio foi otimo, natureza e patos e todo mundo é bem simpatico aqui, bem contrario do que eu pensava. Fizemos outro churrasco, muy bueno, e eu alimentei uns patos anti-sociais.
Voltamos a noite e eu estava tentando aprender como voltar p casa sozinha.
Mais um dia e eu ja aprendi a chegar na estacao de trem daqui de Oerlikon. De la, fomos até o shopping comprar umas coisas, o unico shopping de zurich. Bem novinho e tudo bem bonito tambem, mas shopping é sempre shopping. Pra matar a fome? Burger king!!!!
Depois fui ate o atelier do sims ou antes nao lembro e tambem nao sei escrever o nome do lugarbeijos. Fomos encontrar a natash pra passear pelo centro a noite e tirar algumas walking pictures. Foi ai que eu comi o sorvete mais gostoso sei la de enfim.... que sorvete... isso é sinal de novo vicio chegando mas esse vicio nao da p levar pro Brasil. shoraelitros. So sei que acho que ja esta dando p perceber que eu vou chegar em dublin rolando. Isso é bom por um lado, porque ate economiza passagem.
Ai ja voltei de Zurich pra casa sozinha. Bem tranquilo. Lais esta conseguindo se achar mesmo sem enxergar, com disturbio de atencao e sem saber alemao. Que orgulho dessa menina! /brinks
O meu hospedeiro esta tentando me alertar pra ter mais atencao, mas pra mim é dificil, mesmo no Rio e ainda mais aqui quase todas as ruas pra mim sao sempre iguais e eu nao tenho nenhum senso de direcao, mas quando comecar a conhecer melhor a cidade ja vai ser beeeeem melhor.

Continua...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

"Arte é o pentelho do orificio anal dele/dela"

Não é o meu teor alcoolico no momento, que ira disfarçar a minha revolta que se voltou revoltante
contra um ser indigno, e incapaz de qualquer perdão e de qualquer mérito que vem ganhando.
Um ser chamado Guillermo de "não me interessa nem o sobrenome", vem com toda a calma do mundo, pega um cachorrinho de rua, leva para uma galeria de arte, amarra o cachorrinho numa corda super curta e diz: " Venham ver, eu vou deixar esse cachorrinho aqui sem comer e sem beber água, pra ele morrer tá?" E ainda denominou isso: Arte! OH! Arte...
Eu vou dizer o que é Arte... Aliás eu nem vou dizer o que é Arte, eu não sei mais o que é Arte, porque depois de uma conceituada porcaria que é aquela Bienal Centroamericana considerar uma atrocidade dessa, ARTE, e ainda convidar o ser pra repetir a sua Super Arte, é um absurdo, eu não tenho nem palavras pra dizer o que foi isso.
Aliás é dificil denominar arte, vem umas pessoas, pintam umas coisas sem nexo, uns quadrados com um retangulo virado no angulo do nao sei o que que vai nao sei aonde,
fazem uma geringonça com varias jarras de agua empilhadas fazendo barulho de xuá e são super artistas conceituados. Claro, até respeito, cada louco com suas loucuras, mas você pegar uma vida, e
fazer o que ele fez? o que ele quis mostrar? " olha gente é assim q a gente morre quando não come e não bebem, vejam que interessante!" e não me interessa o que ele quis mostrar, se tem fundamento filosófico se tem fundamento o inferno á quatro, isso não dá o direito á ninguém de pegar um bichinho tao indefeso e tão leal, e ainda mais um cachorro de rua, e eu não estou dando a louca desse jeito só porque eu tenho uma paixão louca por cachorros, mas eu estou sendo sensata. Hoje em dia ninguem liga pra porra nenhuma, querem masi que o outro morra,
que o irmão gordão morra pra sobrar mais comida pra ele, enfim, coisas do gênero. Mas o irmão
gordão pode se defender agora o cachorro não.
E os cachorros de rua são os seres mais dóceis e mais incriveis, ele com certeza quando viu esse maldito pegando ele na rua pensou que ia ganhar finalmente um lar, ia ganhar afeto, amor, ia poder ser leal á alguém, mas não foi pego por um assassino infeliz desses que se eu pegasse, eu amarraria ele igualzinho,
pra todo mundo ver, e ia dizer: " Vamos lá gente, vamos apreciar a Arte!"
E eu citei esse exemplo pra minha amiga que se eu agora desse a louca varrida e pegasse o meu
cachorro e batesse nele até matar, ele nunca ia se voltar contra mim. 
Eu ás vezes tenho uma certa raiva de cachorros por isso, tipo" larga de ser idiota, ele te maltrata
e vc 2 minutos depois vai lamber a cara dele?"
É um amor incondicional como eu já havia dito antes. Por isso eu não vejo explicação de um infeliz
chamar uma coisa assim de Arte. Logico que ele nao é o primeiro nem o unico ser que faz isso com cachorros, conheço várias pessoas que já mataram, já fizeram mil atrocidades, mas não tinha visto ainda ninguem que tenha feito isso que veio a ganhar aplausos, ou méritos por tal proeza.
Enfim, não quero ver estas imagens com outro cão, e fiz "a minha parte pelo menos". 
Faça a sua se você pensa como eu, agora se não, experimente fazer isso com sei lá o que voce quiser, e saia gritando pela rua que você é um artista. Dá dinheiro!

http://deadlygroceries.multiply.com/photos/album/47#

sábado, 19 de abril de 2008

"ooooooh yes, igarabirou crazy!"


Sexta-feira, 18 de abril, Lais resolveu ir para o Show da Liah, pela segunda vez, mas isso é apenas um detalhe.
Muita gente pode estar pensando tipo: " quem é Liah Lais, oi?".
Pois sim, eu tambem não sabia que ela era cantora, até o dia que eu fui comer batata-frita na casa da Osen e por fim, ela ensinou a gente a fazer. 
Aliás " a gente" não, porque eu sou um desastre mas nem tanto.
Daí eu fui descobrir que ela era cantora. E boa cantora, gosto da voz dela. 
Daí eu fui recorrer ao you tube e me lembrei dela. 
Foi no faustão uma vez, escreve umas musicas pra alguns artistas, cantou "i sere nere"
com um italiano aí, etc.
Mas então, fui ao show dela com participação de Marina Elali. Quem é Marina Elali?
Não sei, mas enfim, era com ela. Acho que ela ganhou um programa, acho que um que tinha na Rede Globo, chaaato que eu só assisti quando uma gordona ganhou.
Enquanto eu esperava a Osen e a Liah chegarem, a tal da Marina apareceu de táxi, cheia de malas e bolsas e um mini-vestido, um salto de uns 20cm e uma super chapinha.
Logo em seguida apareceu a outra convidada, que eu só fui saber que era convidada depois. Tipos que nem zoei a roupa dela.
87262874 minutos depois. Chegam as meninas. Subimos, pegamos um lugar, e enfim,
começou o show. Só fui uma outra vez, mas já sei de cor a ordem das musicas e quantas
vezes o Dan, Osen's brothá, pega um santo tocando seus intrumentos.
Tipos que nem rio da cara dele todas as vezes.
Musica vai e vem, a Liah dá o seu shoe de portunhol, tipo la paixão, hermano fablito, enfim, a tal que eu zoei a roupa entra no palco, sai do palco. 
Daí depois chega a Marina. Pro fim dos meus ouvidos. 
A mulher grita feito uma pata ( pata grita?), e não fica 1 segundo sem mexer naquela
porcaria de chapinha e ela esquece que microfone existe pra você não cantar gritando e
nem falar gritando,  inclusive em um ambiente de 20m² com no maximo 50 pessoas. 
A atração da noite, foram as 3 crianças de no maximo 5 anos, gritando o tempo inteiro.
Nem perdi a oportunidade de imitar a voz delas, só pra zuar com o show como sempre.
No fim do show, depois da gente puxar o "mais um" que ninguem gritou, estamos com a
moral muito baixa, mas enfim, é o nosso trabalho, as três subiram no palco. Não restou um ouvido sobrevivente e elas resolveram cantar "Crazy" do Seal, da Alanis, enfim,
sendo que só a Liah sabia a letra.
Foi lindo! Momento que eu quis até gravar pra mandar pro autor da musica chorar.
E a tal Marina super se achando cantando
" And i'll never gonna survive, OOOH YES, you garabiróu Crazy".
Clap Clap viva o Fábio, Fááááábio, fomos, Eu e Carol's vender os CDS da Liah na porta.
"Cd da Liah é 15 na minha mão, só hoje hein?!" Depois de todos os meus dotes sedutores e irresistiveis de vendedora, as pessoas apenas perguntavam se eu aceitava cartão.
Era da modernidade não é comigo. Tipos que eu até podia ter um certo espaço que
até poderia se passar um cartão, mas enfim não vem ao caso e vendemos UM CD.
Fiquei triste e uma senhora muito amigável me disse:
" Que isso minha filha, você é ótima!" Você salvou meu dia, tia, thanks!
Depois de desistirmos e acabar o público, ficamos na fila pra tirar foto com a Liah, mas lembramos que a gente pode fazer isso qualquer outra hora, e fomos ENCHER A CARAAAA. Pegamos um taxi, pois chovia, descemos no Empório, mas lá o espaço estava dividido como 6 pessoas por cada metro quadrado.
Voltamos naaaaaaa chuva pra tentar um Zeenanigan. Mas a carolzinha tava sem ID e foi impedida de desfrutar do local. O que restava?????? Ah, qualquer coisa, fomos pro mini Irish Pub e seu barman do MSN, ouvir um pouco de Madonna e Michael Jackson ver lutalivrekamasutra na TV, cada uma fazer sua parte Forest Gump, 
comer batata frita com queijp e molho engraçado que não é porque você come e ri,
cantar uns hiphop aí, lembrar da 100ml de silicone do candy shop,
 ter medo de várias pessoas que passavam pela rua, 
dar tchau pro Bial, todo mundo rir da minha cara como sempre, e enfim.
A noite acabou aí e inté mais um show da Liah.

" and i will, never survive, and nooooooooo-zoribiriba ô craaaaaa-zy!"


(foto by Osen)