Viajando não dá pra parar pra escrever mesmo. Mas depois que passa, a gente não tem mais a mesma visão de quando estamos vivendo a situação.
Mas eu vou tentar resumir mais ou menos como foram meus ultimos momentos em Amsterdam. Não tudo hoje, serão em uma espécie de... capítulos.
Parte 1
Depois que as meninas, a Milica e a Vanessa, foram embora, eu não tinha mais muito o que fazer na cidade. Mas continuei andando sem rumo nesse meu tempo á toa, sentindo um pouco daquela cidade que eu gostei tanto.
Numa terça-feira, saí com a Mio, para encontrar o Dan, um couchsurfer que eu havia entrado em contato bem antes de ir pra Amsterdam. Nem sei como descreve-lo. Simpático, meio crazy-weird e free-spirited ao extremo. Ele trabalha quase todos os dias. Pela manhã em café, e á noite em bar, como bartender. Foi aí que eu quase me tornei uma bêbada nessa noite. Já que ele é o bartender, as bebidas vêm á mim, de graça. Os dois amigos dele que conheci, um bartender que trabalha junto e outro que eu não sei o que faz, também eram uns amores.
Até que surge um Egípcio, que parece que frequenta sempre o bar e me chama para conversar, como o Dan parecia conhece-lo, aceitei. Conversamos algumas coisas e ele parecia simpático. Já eram mais de 2 da manha e eu precisava ir pra casa. Alias nao que eu precisasse, mas eu nao aguentava mais beber. Então ele me ofereceu companhia até a parada do famoso e demorado ônibus noturno. Quando fui me despedir dos meninos, comentei que eu não iria sozinho que o tao do egípcio iria me levar até o ônibus. O amigo do Dan apenas disse que qualquer problema, pra que eu voltasse para o bar. Me assustei um pouco com isso do "qualquer problema", mas fui. Não ia conseguir achar o ônibus sozinha.
O tal me levou até lá tranquilamente e pediu meu telefone pra que saíssemos outro dia para conversar. Eu dei, porque nao tinha como fugir e ele tinha sido gentil me levando até lá. Pensei em dar o errado, mas ele disse que ligaria naquela hora pra que eu gravasse o dele.
Enfim, se ele ligasse era só inventar uma desculpa e simplesmente não ir.
No mesmo dia ele me ligou pela manhã, mas eu estava dormindo, não atendi. Depois ligou á tarde, eu atendi e ele perguntou se eu poderia sair e eu inventei uma desculpa dizendo que não dava e o Dan havia dito que poderiamos sair de novo no dia seguinte, então eu disse que no dia seguinte tambem não daria e que no outro eu tambem já tinha compromisso, e acrescentei o "infelizmente". Ele disse que tudo bem, e pensei que havia me livrado.
Até que ele continuou me ligando nos dias seguintes, de madrugada, umas 5 vezes por dia. Eu atendi uma vez, mas nao atendi mais. Até que depois de uns 3 dias ele desistiu.
Acabei não saindo com o Dan naquele dia, mas fomos todos á um couchsurfing meeting, na sexta. Acabei me perdendo completamente, até que ele me achou na rua, pela minha sorte, andando na direção completamente contrária ao lugar e fomos conversando. Aproveitei e comentei sobre o tarado doente daquele Egípcio. Pela expressão dele, acho que ele já esperava isso.
Felizmente eu o encontrei pelo caminho, porque eu nunca ia reconhecer que aquelas pessoas lá num cantinho no segundo andar, eram os tais do couchsurfing. Bebemos um pouco, e decidimos, uma meia-duzia que estavam lá, ir para outro lugar, pra dançar.
O Dan foi na frente e eu fui andando conversando com uma menina super simpática, e pequena, chamada Cynthia, que veio da Guatemala. Depois pegamos carona nas bicicletas de dois amigos dela. Minha primeira carona de bicicleta, e adorei!
Chegamos ao lugar, e era muito legal. Musica boa, e eu dancei até tirar o sapato. A Cynthia só conseguia pensar no Dan, acho que foi amor á primeira vista, e os outros estavam bêbados demais pra pensar. Odeio ser sempre á sóbria.
Pensei depois como eu ia voltar pra casa, já que eu não fazia idéia de onde eu estava. Ela iria pra casa do amigo dela que veio com a gente nas bicicletas. Só que os planos mudaram e ela agora iria para a casa do Dan. Que seria a minha carona, já que ele mora perto de onde eu estava morando.
enfim, confusões á parte, o amigo dela me levou pra casa, na mini-bicleta dele, que eu caía toda hora e acabei enfiando o salto a minha ankle na roda, e sim, o desastre maior aconteceu. Quebrei o salto e destrui ela quase que completamente.
Estou de luto até hoje.
Continua...
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
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