quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Women Prison

Enfim, nossa, tenho tanta coisa pra contar, tantas coisas inacreditaveis. Essa viagem tem sido mais do que uma simples viagem pra mim. Tudo tem acontecido ao mesmo tempo e tudo tem acontecido mais rapido do que deveria.

Vou continuar de onde eu parei. Bom, nao fui ver a Neve coisa nenhuma, alias vi, mas de longe, fui para uma outra montanha que eu nao me lembro mais o nome, "caçar" blueberry, e lutar com abelha, como sempre. Mas dessa vez nao dei uma de assassina nao.

Ficamos um tempo lá admirando o lugar que aliás, belissimo. Depois eu nao me lembro o que eu fiz. Se eu nao lembro é porque nao foi interessante.

Mas enfim, no dia seguinte, arrumei minhas maletas e fui pro aeroporto embarcar para Dublin. Tudo ok, ATE eu descobrir que o meu cartao de credito, simplesmente, nao esta funcionando aqui, que bello. Tentei ligar mil vezes para o Banco mas alguem aqui acha que alguem consegue falar com o Banco do Brasil? E a resposta é... NAO.

Mas nem me preocupei muito porque eu tinha a carta da Van, aí tudo belê. Embarquei, 1 hora e pouca só de viagem, mas dentro do avião eu tive a sensação de que eu não ia conseguir passar pela imigração. Mas agora não tinha mais jeito.

Quanto cheguei no passport control, tinha uma mulher e um homem. Eu pensei: Acho que vai ser melhor se eu for na mulher. Só que a mulher ocupou bem na minha vez. E eu tive que ir no homem com cara de " Eu vou deportar você". Enfim, fui tranquila, porque pra mim estava tudo certo. Assim que ele olhou meu passaporte e viu que eu era Brasileira, ele já mudou logo a expressão. Disse "Boa Tarde" pra ele, e mostrei os documentos que eu tinha. Ele imediatamente disse que eu nao podia ficar porque eu nao tinha a passagem de volta. Mas o email estava na mao dele com as passagens, ele realmente queria dificultar as coisas.

Ele viu as passagens e disse que a Van nao pode receber visitas, ou seja, eu já estava oficialmente deportada. Me fez um monte de perguntas sobre a Van que eu nao sabia responder. Me chamando de mentirosa quase o tempo todo, ele nao acreditava em uma palavra do que eu dizia. Entao eu disse pra ele que eu tinha dinheiro no cartão de crédito, conclusão: fomos testar o cartão e adivinha? Nao funcionou. AHA, VIVA o Banco do Brasil!!! Entao ele novamente me chamou de mentirosa e disse que eu nao tinha one thousand EVEN five hundred. Eles me colocaram numa sala trancada e nas paredes só haviam dizeres de, a maioria, de brasileiros. E enfim, fui revistada e enviada para uma delegacia junto com uma oficial.

Delegacia horrivel, na qual eu fui fichada e tiraram minha foto aquelas com data e tudo, coisa bem "sou perigosa, cuidado". A oficial disse que eu ficaria ali aquela noite. Eu entrei em pânico, porque era uma cela, sem nada, com um pinico pra fazer xixi, e fedorenta, o inferno basicamente. Perguntaram se eu tinha fome... COMO que alguem pode ter fome numa situação dessas? Só pedi para fazer uma ligação, e liguei para o Sims. Expliquei toda a situaçao, mas eles nao me davam nenhuma informaçao sobre nada, eu estava completamente sem saber o que fazer, e desesperada, eu nao tinha mais reaçao pra nada. Eles nao deixaram eu pegar nada da minha mala e tomaram o meu celular antes mesmo de eu saber que nao tinha sido aceita. Umas 3 horas depois, fui revistada e eles me levaram para uma prisão de mulheres, em Dublin 7 (que alias so fui saber que era uma prisão 1 hora depois). Já era noite e da van nao dava pra ver nem um pedaçinho da cidade.

Chegando na prisão, eu ouvi os oficiais dizerem que eu ficaria lá apenas até o Domingo de manhã. E isso era numa sexta-feira á noite. Comecei à ficar nervosa porque até aí eu nao sabia o que eles iam fazer comigo.

Fui revistada novamente, tiraram outra foto, pegaram todos os meus dados e me fizeram varias perguntas, se eu ja tive problemas com drogas, se eu já tinha tentado me matar, coisas assim.

Uma enfermeira depois veio e retirou minha pressão, e disse que eu visitaria um medico no dia seguinte pela manha, pra ver se eu estava bem. Me deram uma roupa, sabonete, escova de dente, tenis, tudo novo e limpo.

Outra oficial, que alias, um amor, me levou ate o meu "quarto" e me apresentou à minha Roomate, Bianca. Ela veio da Africa do Sul, tem 21 anos e está lá à apenas um mês e foi presa por trafico de drogas. 1kg de cocaina. A pena dela é de 8 anos e ela trabalha na cozinha da prisão.

A Bianca me levou ate o quarto e me explicou como funciona as coisas. Voce nao pode trancar a porta do quarto quando está dentro e tem que fechar quando sair porque as outras presas podem roubar as suas coisas. Ela me convidou para tomar um chá e me deu pão e disse que eu podia torrar e enfim, eu definitivamente nao estava pensando em comer, e apenas deitei na cama e chorei, como eu tinha feito o dia todo. E observando o quarto, uma belissima bandeira gay. Pensei se todas ali eram gays antes ou ficaram quando chegaram lá, ou whatever. Eu nunca pensei em toda a minha vida que eu poderia um dia estar em uma prisao. Ainda mais com 19 anos. Doía porque eu nao sou nenhuma criminosa e eu so estava tentando visitar um lugar, o que tem isso de mais? O que eu fiz pra eles fazerem isso? Só assim que eu passei à dar mais valor ao meu país. Porque o que mais importa pras pessoas é a sua nacionalidade e eu tenho muito orgulho de ser de onde eu sou, mesmo que isso atraia preconceitos em outros paises.

Peguei no sono, depois de horas, e fui acordada na manha seguinte com a "checagem". As oficiais sempre abrem as portas durante a noite, ou logo pela manha, pra saber se ta tudo ok. A Bianca tambem acordou e me explicou quando era o horario do almoço e que eu podia ficar no jardim. E logo me apresentou à uma brasileira que estava lá já à uns 5 dias pela imigração tambem. Ela parecia abatida, mas já um pouco adaptada. Foi bom ve-la. Nao me senti tao "prisioneira" pois ela estava na mesma situação que eu.

Fiquei conversando com ela por um bom tempo, ela sorria, assim como eu, pra tentar amenizar a situação. Ela contou que estuda e mora em Dublin e que foi pega na volta de Londres, onde ficou com o namorado por 2 dias, só porque nao estava com a carta da escola em que ela estuda em Dublin, em maos.

Depois ela me levou ate uma presidiaria Venezuelana, chamada Adriana, muito simpatica e atenciosa. Ela tambem foi presa por trafico de drogas, 4kg de cocaina. Estava lá à 8 meses. Tem 46 anos, e um filho. Sua irma morreu faziam 15 dias e ela parecia ainda triste por isso, mas disse que nao ia chorar mais por isso. Ela é talentosissima, faz esculturas e pinta camisetas, quadros e qualquer coisa. Os desenhos que ela mais gosta são os de anjos e ela estava trabalhando em uma camiseta que atras eram asas. Pediu minha opiniao varias vezes, mas nao gostou muito do resultado. Uma pintora exigente eu diria. Ela em todo o momento me tratou com confiança pra compartilhar os seus segredos, e me mantinha sempre com ela. Ate mesmo nas horas das conversas particulares, sabendo que eu entendia tudo o que ela dizia. Até ajudei quando ela queria falar com outras duas presidiarias, muito estranhas e feias, eram um casal, que nao sabiam falar em espanhol e o ingles dela nao é muito bom. Ela chegou ali sem saber falar nada, mas presta bem atençao e sempre le um pouco do dicionario.

A conversa entre elas era que ela queria arrumar um emprego ali, fazendo pinturas, assim como uma dessas duas fazia. Foi facil, a outra falou com um dos chefes e conseguiu o emprego pra ela e eu que dei a noticia, porque ela nao entendia em ingles o que era. Depois ela comecou a falar alguma coisa que eu nao entendia bem, porque ela nao queria ser muito clara, sobre a Bianca e uma outra chamada Sasha. Ela sorria pra mim e dizia: " Voce entende tudo né?!" Mas eu nao tinha entendido nada realmente. No fim da conversa, enquanto voltavamos para o jardim, ela disse: " Já que voce entende tudo, já sabe que eu sou gay!" E nao, eu nao sabia, mas pra mim nem seria tao novidade, pelo visto a maioria delas são.

Entao, eu cheguei a conclusao de que... ela esta querendo alguma coisa com a Bianca, minha roomate. Interessante.

Chegou a hora do almoço e a Raquel nao queria nem comer, mas eu insisti que ela fosse, porque ela nao podia se entregar assim. E o menu era: batata-frita, lasanha e salada. Ate que um bom prato pra uma prisão.

Nao consegui comer quase nada, mas fiz uma força. Depois quando desci encontrei uma senhora, de alguma igreja, dessas que visitam prisoes. E ela me deu muita força e foi muito atenciosa, me deu conselhos do que eu deveria fazer quando eu chegasse no aeroporto. Eu estava muito preocupada se eles iriam me deportar de volta pro Brasil e nao pra Suica e sobre as minhas malas que eu nem sabia onde estavam.

Depois fiquei um tempo no jardim com a Raquel e com a bela companhia de um cachorro branco lindo e amavel, que me fez tambem esquecer um pouco de onde eu estava.

Logo depois veio outra senhora, da igreja, e sentou pra conversar. Quis ensinar algumas coisas sobre Deus, mas nada que eu ja nao saiba e ja nao tivesse feito. Mas as palavras dela e o jeito em que ela me tratava foram tao fortes que eu nao resisti e desabei em lagrimas de novo e a Raquel tambem. Era só isso que eu podia fazer. Ela me disse que eu parecia um anjo e me deu um doce.

Eu só pensava o dia inteiro em ligar pra alguem pra avisar onde eu estava, já que eu só tinha ligado uma vez, e pro Sims, da delegacia, no dia anterior. Fiquei extremamente preocupada com todo mundo estar preocupado, e de como estaria a minha mae, se ela sabia de alguma coisa.

Eu pedi pra fazer ligacoes, mas naquele horario so podia as nacionais. E o numero da Van estava no meu celular, que estava no Aeroporto. Eu esperei dar o horario em que abria a recepçao e quando finalmente abriu, era PAUSA pras oficiais jogarem volleyball. ok. Fui ate la assistir o jogo e era Presas x Oficiais. Todas elas num clima bem descontraido e se abraçando coisa que eu nunca vi igual. Enquanto a Bianca fazia um aquecimento, a Adriana olhava ela com olhar de cobiça. Foi aí que eu tive certeza que era isso mesmo que eu tava pensando.

Alias, a quadra todo mundo pode usar e ao mesmo tempo, e tem sala de ginastica com todos os tipos de aparelhos e lá pode praticar quase todos os esportes.

Desisti de assistir porque nao parava de pensar em ligar e chegando no jardim, uma ruiva, que eu nao me lembro a nacionalidade, ela nao falava ingles e nao sei que lingua era aquela, ela me entendia perfeitamente, mas eu nao entendia uma palavra do que ela dizia, disse que a Raquel estava com visita. Era o namorado. Eu queria tanto que a Van fosse me visitar, mas infelizmente nao lembrava o telefone dela de cabeça.

A Adriana voltou do jogo e me chamou pra acompanha-la, porque eu estava no jardim sozinha, pensando. Novamente fomos no quarto daquele casal esquisito e ela começou á dizer que amava a Bianca e que queria se mudar pra mesma casa que eu, pra poder ficar perto dela. Essa prisao funciona assim: sao casas, com varios quartos. Quando dá a hora de todo mundo recolher-se, as oficiais trancam a porta das casas e só pode haver circulação entre os quartos. E não entre as casas.

Ela disse que ia ver com alguma oficial se podia mudar. E tambem, ja que eu estava saindo, seria perfeito pra ela se ela pudesse ficar no mesmo quarto que a Bianca.

Depois da conversa, voltamos para o quarto dela pra que ela terminasse sua pintura e pra assistir um filme. O filme nao era la dos muito bons, um suspense, mas ate que foi interessante pra distrair e a gente rir um pouco. A Raquel dizia que depois de estar ali, nenhum filme de terror assusta mais. Acabou o filme, e a Adriana me contou que ela tem um celular no quarto, que ela conseguiu. E pediu que se eu pudesse fazer um favor enorme pra ela, que seria comprar um cartao pra recarregar o celular, pra que ela possa entrar em contato com a familia. Ja que la voce so pode fazer apenas uma ligacao por dia. E eu vou fazer isso por ela. Ela me ajudou tanto que eu nao poderia dizer nao.

Chegou a hora da janta, mas eu nao quis comer. Ainda pensava fixamente na ligaçao que eu tinha que fazer. Entao voltei la e ela pediu que eu voltasse meia hora depois. Quando voltei, ela disse que eu nao poderia fazer mais ligaçoes naquele horario. Eu esperei o dia inteiro, ja sabendo que isso ia acontecer. Comentei sobre isso com a Adriana e ela disse que no dia seguinte eu poderia ligar do celular dela, se eu comprasse os creditos. Boa troca. Mas eu esperava nessa hora ja estar no aeroporto voltando pra Zürich.

Voltei para a casa e as oficiais nos trancaram. Nesse meio tempo, eu encontrei uma mulher no corredor chorando e falando ao telefone. Chegando mais perto, pude ouvir ela falar em Portugues, e logo vi que ela era brasileira e estava na mesma situaçao que eu. Corri pra ver se eu conseguia contar pra Raquel pra que ela nao se preocupasse, se eu fosse embora no dia seguinte, porque chegou mais uma da nossa terrinha. Mas nao dava mais pra ir para a outra casa.

Ela parecia transtornada e abatida assim como eu estava no primeiro dia. Entao dei um apoio à ela assim como eu recebi quando cheguei e à apresentei à Bianca, que tambem ensinou mais coisas á ela, já que ela iria ficar até à quinta, porque na segunda era feriado na Irlanda.

Ela tambem nao conseguia comer assim como eu, mas fomos ate a cozinha pra que ela tentasse. Lá ficamos conversando com outras duas presas, mae e filha, que nao quiseram dizer o motivo de estarem ali e juntas, e ela ainda tem outra filha presa ali. Ela conversou muito com a gente e me apavorou dizendo que eles iam me mandar pro Brasil. Elogiou o meu ingles, e foi muito simpatica e se mostrou preocupada comigo por eu dizer que nao queria voltar pro Brasil. Como voltar pro Brasil se eu mal cheguei aqui??? Eles nao podiam fazer isso. Ela contou sobre algumas coisas de prisao e que a gravida que estava ali, tambem foi presa por trafico assim como a maioria, mas que tambem tinha assassinado uma pessoa.

Nessa prisao tinha mulheres muito bonitas e de varias partes do mundo e elas pareciam estar felizes ali. Tinha uma outra Venezuelana que estava com uma filhinha de meses. Só imaginei a hora em que ela tiver que se separar dessa criança.

Fiquei conversando muito com a Maria, a Brasileira, no quarto dela. Ela contou um pouco sobre a vida dela e tambem porque estava ali. Ela namorou um tempo com um traficante de Galles. Ela disse que so foi saber que ele era traficante depois que ja estava com ele e ele era usuario e viajava muito. Nao tao dificil de chegar à essa conclusao. Ela disse ser apaixonada por ele ate hoje. Ela foi presa pela imigracao porque ela comprou um curso em uma faculdade em Dublin, e estava vindo da Alemanha, onde deixou a sua filha pra estudar lá. Só que ela ja morava em Dublin ilegal, e ao passar pela imigraçao, devido à um cadastro que ela tinha em um restaurante em que trabalhou, eles descobriram que ela ficou 3 anos na Irlanda ilegal. Ela nao precisou dizer mais nada. Ela tinha dinheiro e estava tentando legalizar a situaçao, mas eles disseram que vao mandar ela de volta pro Brasil porque ja tem muito Brasileiro na Irlanda. Ate que ela nao esta tao triste, pois disse que à muito tempo nao ve os filhos e os parentes. Ela parecia mais tranquila agora.

Depois chegou a enfermeira, com o meu remedio pra dormir. Tive que inventar uma historia de que tomo anti-depressivos só pra dar trabalho e pra que eles me dessem um calmante.

Uma das oficiais que me viu no quarto conversando com a Maria, disse que se eu quisesse eu podeira dormir la com ela aquela noite. Entao eu peguei as "minhas" coisas no quarto da Bianca e desci. Ficamos conversando por mais um tempo, mas o remedio ja tinha feito um bom efeito e eu nao conseguia mais raciocinar. Ate que caí na cama e apaguei. Só conseguia pensar em ir embora na manha seguinte.

Fui acordada por uma oficial perguntando o meu nome. E finalmente, eles vieram me buscar e eu ia voltar. Me despedi da Maria e desejei boa sorte, enquanto a oficial me deu so 5 min pra que eu me aprontasse.

No caminho ate a recepçao, a oficial tambem e desejou boa sorte e foi muito amavel.

Novamente fui revistada e entrei na Van com dois oficiais. No meio do caminho eles pararam pra buscar uma mulher que tambem parecia muito abatida. Pouco depois, eu ja estava no aeroporto.

Trancaram, a mulher e eu, em outra sala daquelas em que eu fiquei pela primeira vez. Ai entao perguntei de onde ela era, ela disse que da Bolivia e que era casada com um Ingles. Ela so foi presa porque ele devia estar junto dela, mas o voo dele atrasou e ele chegou umas 3 horas depois. Ela disse que gastou 4 mil dolares pra vir e que nao tem mais esse dinheiro. O marido dela vive em Londres e ela quer vir morar com ele.

Conversamos por muito tempo, enquanto esperavamos e eu pedi pra fazer uma ligaçao. Liguei para o Sims, dando sinal de vida e ele me contou que meus pais ja sabiam de toda a situaçao, me deu uma dor muito grande no coraçao ao saber que eles deviam estar muito preocupados. Ate agora ainda nao sabia se voltaria pra Zürich ou nao. Ele disse que ligou e que eu voltaria pra Zürich sim. Fiquei mais aliviada e depois que desliguei confirmei com a oficial que perguntou se eu me sentia bem e se eu queria comer. Eles foram ate uma lanchonete comprar alguma coisa pra mim e pra Boliviana que eu nao perguntei o nome.

Duas horas depois eles vieram buscar a gente e finalmente eu ia voltar. Mas eu ainda nao estava tranquila porque poderia acontecer alguma coisa no aeroporto de Zürich.

A viagem foi mais longa do que parecia e a sensaçao de deixar Dublin era maravilhosa. Era de um alivio muito grande e toda aquela pressao e todo aquele trauma que eu passei, pareceu sumir da minha cabeça. Eu nao sei de onde eu tirei tanta força pra aguentar e superar tudo isso, mas eu acho que ja passei um momento muito pior do que esse na minha vida.

Chegando no aeroporto daqui, fui encaminhada pra um policial. Fiquei morrendo de medo, mas procurei passar tranquilidade pra ele e respondi as perguntas que ele me fez e ao contrario do imbecil de Dublin, ele entendeu e me liberou.

Quando eu cheguei no saguao das malas eu suspirei aliviada, e quando eu vi o Sims e o Omar me esperando, eu deixei toda aquela tristeza pra tras pra continuar as minhas férias como se nada disso tivesse acontecido.

Continua...

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