sexta-feira, 6 de março de 2009
I'm back!
AAAh, quanto tempo não escrevo, fiquei sem computador, escrevi algumas coisas em alguns lugares mas como muitos sabem, eu sou ótima quando o assunto é papel.
Enfim, pra continuar o que eu ia dizendo, bom, eu já não me lembro exatamente o que aconteceu (merda de papel) mas enfim, vou tentar resumir:
Naquele dia em que saí com o Tim, ele se mostrou uma pessoa maravilhosa, e ele ia sempre no banheiro porque tinha algum problema com a bexiga.
Depois daquele bar fomos até outro, acho que o melhor que eu fui em Amsterdam, e ficamos lá até fechar, e depois ele me convidou para um chá, ficamos horas conversando e finalmente ás 6 DA MANHA, eu voltei pra casa e ele já me deixou convidada para um jantar que ele iria preparar, no dia seguinte, no qual seria a minha "despedida de Amsterdam", e consequentemente o meu retorno para a Suíça.
Enfim, cheguei lá super pontual, o jantar estava maravilhoso, fico pasma como a maioria dos homens sabem cozinhar melhor do que eu, assistimos 'Cidade de Deus' em minha homenagem, e como eu não tinha as chaves de casa, e ele já havia me dito que não havia problemas, fiquei por lá mesmo, até o dia seguinte.
De manhã, o despertador absurdamente alto com um homem falando coisas em holandês me acordou, fingi que não ouvi, mas abri metade de um olho uns 30 min depois e vi o dono da casa se arrumando pra trabalhar e pensei: "é, não tem jeito."
Já que eu tinha que esperar até o meio-dia pra entrar em casa e pegar minhas coisas, e depois ir pro aeroporto, resolvi dar meu ultimo good-bye pra Amsterdam, mas o dia não ajudou muito, estava um dia maravilhoso do lado de fora, e ficava dificil dizer good-bye.
Não estava me sentindo bem aquele dia, acho que era um dos piores dias da minha vida. Dor no estômago (aliás peguei uma virose linda), sensação de " não quero ir pra casa nunca mais"... Aquele foi o unico lugar ate hoje que eu me senti viva, e não em um lugar estranho.
Resolvi ficar, até porque era impossivel pegar um avião naquele dia, e era impossível pegar aquele avião de qualquer jeito.
Enfim, mas acho que tudo isso foi por um lado bom, foi a minha melhor semana em Amsterdam.
Como eu já sentia que aquilo ia acabar em breve, cada dia parecia eterno.
Aproveitei cada dia, até o último.
Fui á um show que eu queria ir, passei algumas tardes no Vondel Park, conheci uma alemã divertidíssima chamada Nina, andamos muito por aquela cidade juntas.
O mais engraçado foi quando enfim achamos o Hash Museum, e ela quis experimentar pela primeira vez "a tal", só via-se ela trocando as pernas voltando pra casa.
No dia em que a conheci, ela estava trazendo um outro alemão chamado Michael, que ela tinha acabado de conhecer, e nos perdemos depois de andar horas, ela estava cansada e foi embora, enquanto eu resolvi fazer companhia á ele pelas ruas, já que ele era um mochileiro sem chão, até dar a hora de ele pegar o trem de volta pra Alemanha. Sentamos no chão em uma das principais ruas de Amsterdam, quebrei o meu salto de tanto andar e conversamos por horas e horas, um menino excelente também. É ruim ter que dizer "tchau" depois pra pessoas como essas.
Saí outra vez com a Cynthia, da Guatemala, e ela é incrivelmente animada, nesse dia fomos no mesmo bar em que o Tim me levou, e sem eu saber q era pra lá que íamos. Ela em qualquer lugar que chegava já ia falando com todo mundo, nisso ela encontrou um POrtugues cujo nome eu já não me lembro, que nos convidou pra ir á uma festa perto dali, num bar.
Ok, mas dissemos que íamos dar só uma olhada, e se gostássemos iamos ficar.
Andamos uns 20 min e quando chegamos lá, nossa, o lugar fedia a mendigo! E não era mendigos, eram uma espécie de "hippies" completamente drogados e que FEDIAM A MENDIGO!
Eu disse, fulano, olha, desculpa mas não dá nem pra fazer uma social de 5 minutos, porque tá impossivel de ficar aqui. Ele disse que tudo bem, mas que o interior daquelas pessoas era magnífico.
Mas infelizmente não dá pra descobrir o interior de ninguem se voce nao consegue ficar ao menos 10s perto do exterior!
Fomos embora e a Cynthia, repetia a palavra "nojo" umas 200 vezes.
Enfim, voltamos ao bar, a Nina já estava beeeeeeeem alta, e enfim, aconteceram algumas coisas que eu não gostaria de lembrar, envolvendo um Holandês que de inicio parecia legal, mas depois mostrou que não era, e a Cynthia demostrando ter inveja de mim, o que eu não suporto. Até porque ela não tinha razão pra isso.
E eram coisas tão futeis como: " todo mundo te ama em qualquer lugar" e comentários sobre meu cabelo, minhas roupas... Sendo que ela roubava a atenção de todo mundo, era super comunicativa, mas sempre olhando pra mim pra ver se eu falava com alguém.
Quando eu conheci o Tim, que comentei com ela como ele era uma pessoa legal, a primeira coisa que ela fez foi me pedir o telefone dele quando eu fosse embora e que eu era muito sortuda de conseguir conhecer pessoas assim, e porque ela não era!
Meu deus, como eu odeio essas coisas, como isso é tão ridículo. Ela é uma ótima pessoa, mas eu não posso manter relação com uma pessoa que fica todo o tempo vendo como as pessoas me olham.
No dia em que teve o 2° CS meeting, fomos até o bar do Dan, e como ela estava "in love", dizia ela, por ele, a única coisa que ela dizia o tempo todo era: " o Dan gosta de você, ele não para de olhar pra você ", o que não era verdade, mas todo o tempo que ela estava comigo ela imaginava como se eu fosse o centro das atenções e ela "o zero á esquerda", o que eu repito, NÃO era verdade.
E pra piorar quem apareceu no bar nesse dia? O TAL DO EGIPCIO TARADO! Quando eu vi a unica coisa que eu pensei foi um palavrão bem grande.
Aí eu expliquei pra dois novos amigos mexicanos o que tinha acontecido aí eles disseram " ah, a gente tá aqui com você, ele não vai fazer nada!"
Mas ele me perseguiu á noite TODA com aquela cara de assassino tarado estuprador.
Os meninos tiveram que sair pra procurar um lugar pra dormir e ficou só eu e a Cyn, sorte que o Dan tambem estava lá, então ok.
Mas nossa, ele começou a me assustar porque ele ficava o meu lado me encarando e eu não sabia o que eu fazia, fingir que não conhecia acho que foi a melhor opção, porque ir embora eu não podia porque nao tinha tram aquela hora.
Enfim, teve uma hora que até a Cyn se assustou e eu fiquei na varanda com o segurança, expliquei pra ele a situação e ele me deu uma cerveja e ficamos conversando.
Aquele dia foi beeeem, beeem doido. Voltei pra casa as 7 da manha.
Enfim, chegou a hora de ir agora, e de verdade.
O Tim me fez outro jantar de despedida, e eu fui embora da casa dele mesmo.
Como foi ruim aquele dia, dizer 'Adeus' pras pessoas maravilhosas que eu conheci, pra mãe e o pai da Helô que me acolheram tão bem, pra Mio que é uma pessoa muito especial e de um coração ENORME, pra aquela cidade que eu tanto amei, e amo ainda, quero voltar pra lá assim que eu puder...
No tram, indo pra estação pra pegar o trem pra Zürich, eu mal conseguia pensar.
Não conseguia enfim realizar que aquele sonho ali estava terminando.
Na estação, comi uma pizza, comprei um pacote de Jelly Bananas ( fiquei tão feliz quando achei as jelly bananas lá e era um pacote EXTRA grande, jelly bananas pra sei lá quantos dias), a Vogue brittish do mês, pra me entreter com um pouco de boa leitura, um pacote de Lays em minha homenagem, e água.
Embarquei e nossa, aquela viagem parecia ETERNA. Na hora em que eu finalmente consegui dormir um pouquinho acordei com um cachorrão entre as minhas pernas cheirando a minha bagagem de mão e um policial gigante com uma lanterna na minha cara.
Pra infelicidade do cão, eu só tinha Jelly bananas, no drugs.
O Simon me ligou, eu ja estava chegando e estava um frio legal na Suíça.
Cheguei em Zürich e tive que pegar um ooooooutro trem pra Bülach, mas bem rapidinho, comparado ao de 12h que eu peguei!
Cheguei em Bülach a mãe dele estava gritando "Lais, Lais" do outro lado da estação.
Nossa, quando eu cheguei "em casa" a única coisa que eu pensei foi: DORMIR!
MAS antes tinha que comprar os chocolates, fiz uma MEGA lista, morrendo de medo, mas quem acaou comprando pra mim foi a Christine. Recusei mil vezes, mas ela insistiu.
Não gosto quando essas coisas acontecem, e ela foi um amor pra mim todos os dias em que eu fiquei na casa dela.
Voltei, dormi, e perdi a visita que íamos fazer a Rina, mas acabou que ela apareceu lá á noite e ficamos conversando no corredor, e junto estava o Jonathan e o namorado dela.
Foi muito ruim dizer tchau pra eles também. Uma família linda e super acolhedora.
O Simon me ligou á noite, dei tchau pra ele já que não ia dar pra tchau pessoalmente e fui pro aeroporto quase ainda escuro. Que péssima hora que eu escolhi pro meu vôo!
A minha mala pesava tanto que eu pensei: "Xi!"
Mas todo mundo disse: "Naaaaao, não vai passar de 30kg." Ok, mas pesava 36 kg.
Tive que levar mais 4kg na minha bagagem de mão, ou seja, meu braço morreu.
Peguei o avião pra Paris, depois o de Paris pro Rio, e nossa a viagem de volta foi pior do que a de ida. Na ida, eu estava só ansiosa, mas na volta eu estava triste.
Acho que o careca metade holandes/metade francês que quebrou no bolso o unico cartao de credito que ele trouxe pra passar 1 semana no Rio, achou que alguém tinha morrido da minha família pra justificar tanta tristeza.
Pelo menos a Air France me pôs num avião descente onde eu podia assistir filmes.
Assisti TODOS ( além de jogar ALTOS joguinhos emocionantes)! Já que dormir era impossível e o que eu pudesse fazer pra desviar a minha mente pra outra coisa, era a melhor opção.
Mas enfim, guardo os melhores e piores momentos da minha vida dessa viagem.
Foi maravilhosa em todos os sentidos. Maravilhosa pro meu crescimento, pra me ajudar a seguir com a minha vida, aprendi a ver tudo com outros olhos e bom, espero repetir em breve, mas agora, LONGER!
E o destino é AMSTERDAM primeiro, preciso matar as saudades!!!
Enfim, a minha história da viagem fica por aqui, finalmente terminei, dei uma BELA resumida, esqueci vários detalhes certamente, mas está tudo guardado em algum lugar da minha mente, e isso é o que importa.
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