domingo, 3 de maio de 2009

BACK!

ENFIM, nossa, gente, eu não posto aqui há milênios, viva!
Mas é que sei lá eu não tenho muita paciência pra essas coisas ás vezes, daí eu posto quando me dá vontade ou quando eu estou indignada com alguma coisa, ou enfim...


Só pra atualizar:

Meu carnaval foi ótimo, eu vou tentar fazer um resumo bem rápido do QUE FOI!
Conheci pessoas ótimas, pessoas que eu sinto MUUUITA SAUDADE, e que eu queria que ficassem aqui pra sempre se fosse possível, mas infelizmente não é assim, ás vezes, que as coisas funcionam. E comigo isso acontece quase que sempre.
Vou listar aqui as pessoas mais interessantes e/ou especiais só pra eu relembrar.
Até porque eu já esqueci toda aquela riqueza de detalhes das coisas e eu sempre fui muito de escrever sobre os acontecimentos legais ou não tão legais assim, pra depois ler e rir e/ou chorar das situações, mas não tenho tido muita paciência ultimamente. Mas enfim, prossigamos.


Quando eu disse que a Argentina tinha dominado o Rio de Janeiro, eu estava certa, mas a Austrália que dominou esse carnaval.
Pra começar, um fato que aconteceu antes do carnaval, mas que envolveu também a Austrália e eu lembrei disso agora porque isso muito me indignou. então eu vou contar.

Belo dia eu e Robertinha fomos para o nosso ex bar favorito como de costume.
Umas horas depois, esbarramos com um grupo de Australianos bizarros e com uma dupla de brasileños que até aí pareciam super legais.
Ok, vamos conversar.

Passamos á nooooite toda conversando com os dois meninos que então até o fim da noite pareciam estar curtindo a nossa "nova amizade", enquanto os Australianos se entorpeciam de cocaína perigosa comprada á beira de rua. Que aliás esse assunto rendeu, porque um dos australianos estava tentando avisar aos amigos que isso não era bom, e vinha falar com a gente, e voltava, e foi uma confusão louca.
Até aí ok, resolvemos ir embora e nossos dois "amigos" tinham carro e nos ofereceram uma carona até onde teríamos que pegar o busão pro Penhão.
Ok, paramos numa lanchonete pra comer e etc.
Até que um deles chegou e tentou me beijar. A minha reação foi logo de: " O que é isso? Não!"
Ele insistiu e eu insisti que as coisas não eram assim e não era isso o que eu esperava e nem o que eu queria por ter passado á noite conversando com ele. Ele pegou, depois de horas de conversa legal e juras de amizade eterna, entrou no carro e foi embora, sem nem ao mesmo dizer " tchau meninas, foi um prazer conhecê-las".

E É ISSO QUE ME IRRITA! E é por isso que quando pessoas como um Dinamarquês louco e simpático chamado Mads me perguntou porque nós, eu e minhas amigas, não andávamos com amigos homens, eu respondi que " ou você FICA ou você não fica" THAT'S ALL!
Onde esse mundo vai parar? Incrível! E isso só acontece com nativos e com Egípcios. Pelo menos comigo. Mas é claro, que existem exceções, tenho dois amigos maravilhosos.

Mas voltando ao Carnaval...

No primeiro dia foi bem legal, fomos novamente ao nosso ex bar favorito, conhecemos uns meninos "simpáticos" nativos, bêbados e um vestido de coelho, mas que como aconteceu anteriormente, um deles quando viu que não queríamos nada com ele, passou á ser grosso e ignorante. E ele trouxe com ele um grupo de australianos até aí bem simpáticos que logo depois da pequena briga entre o ignorante e a Roberta, se juntaram á nós pra nos "salvar" daquela pessoa simpática.

Marcamos de sair outro dia, até voltarmos ao bar e eles encontrarem duas mulheres lindas altas morenas e sensuais, e enfim, de resto eu não preciso nem contar. Mas isso já aconteceu tantas vezes que pra mim já nao significa mais nada. Até porque eu não sentia como levar aquilo ali pro passo "vamos manter contato, friendship forever". Foi uma noite legal, ponto.

No outro dia, não lembro se eu contei sobre isso mas no Ano Novo eu conheci um australiano chamado Alex, que havia dito que iria retornar ao Rio no Carnaval e que queria sair com a gente de novo. E ele voltou, nos mandou uma mensagem, e marcamos de sair durante o carnaval.
Saímos alguns dias, eu acho ele bem legal, pelo menos me sentia á vontade com ele até ele vir com o papo de " você nao gostaria de..." só pra estragar o meu sentimento de amizade que aliás eu tive que inventar mil desculpas de que estava amando e etc, pra não magoar, porque eu tenho um sério problema com isso. Eu sei que é feio mentir pra não magoar, mas ás vezes eu prefiro fazer isso do que enfim, dá menos trabalho ás vezes, e poupa o clima chato depois.

Em um desses dias que saímos juntos, ele estava sempre com um amigo, Kalon, que aliás era muito engraçado (eu ri muito com esse menino " Itaipava, Itaipava!") e que se apaixonou de cara pela Thaise.
Formamos tipo um grupo feliz pra curtir o carnaval e marcamos de nos encontrar no nosso ex bar favorito, como um ponto de partida, já que todo mundo conhecia o lugar. Chamamos o Nick,
um inglês com cara de australiano que conhecemos no dia anterior, que aliás era belíssimo e extremamente simpático, passamos horas conversando e todo mundo (eu e Roberta) sentindo inveja boa das altas histórias dele sobre viagens e etc., pra se juntar ao grupo, mas acabou que ele não pôde ir até lá e não ia dar pra encontrá-lo em meio á multidão em outro lugar.
Os meninos chegaram e só faltava um outro australiano chamado Luke, que conheci via couchsurfing, e ele viria pra se juntar ao nosso feliz grupo carnavalesco. Enquanto esperávamos o Luke, refleti que o engraçado era que ninguém sabia como ele era fisicamente, e chegamos á conclusão de que seria muito fácil reconhecê-lo em meio á multidão. Como de costume, a gente não tinha muito o que fazer, e sempre inventávamos de brincar de joguinhos do tipo " Eu escolho mulheres aleatóriamente na rua pros meus dois amigos australianos pra que eles comprovem uma teoria de uma certa amiga brasileira deles da qual eu desconheço completamente, de que um homem tem que beijar uma mulher após 5 minutos de conversa, porque senão ele é chato" e/ou " Com qual celebridade a pessoa ao lado se parece".

A brincadeira da "Teoria do homem chato" rendeu, mas a da "Celebridade" rendeu ainda mais, porque em meio á Courtney Cox, e etc, eu achei um Kevin Spacey. Mas o que eu não esperava era que era O KEVIN SPACEY MESMO!

/Momento de tensão.

Não consegui conversar com ele uma palavra, eu só conseguia repetir "Meu Deus é o Kevin Spacey, Meu Deus é o Kevin Spacey!" Enquanto o Kalon chegou e se apresentou "-Oi, Kevin?" "-Yes!" e gastou ali litros de seu accent australiano e não me lembro nem o que ele disse, só sei que ele perguntou se o Kevin gostaria de ir com a gente pra Lapa. Me lembro de que o Kevin amigavelmente esquivando-se apenas disse que ele não sabia onde era a Lapa. Ok.
Enfim, nesse grande momento de absoluto êxtase e tensão, o Luke me achou, e eu não sei como também o reconheci e demos tchau pro nosso novo amigo Kevin e fomos para a Lapa.
Foi muito divertido, alguns momentos de stress, da melhor caipirinha do mundo e da melhor piña colada que eu já bebi na vida, Luke bebado contando que tem um canguru e mostrando no meio da rua que ele tem a Austrália tatuada na bunda, Kalon vestido de Chapolin, e Alex de Peter Pan. Até Jack Sparrow e um ladrão de cachorro quente deram o ar da graça naquela noite.
Terminamos o dia em Santa Teresa, vendo o LINDO nascer do Sol, e eu e Robertinha voltamos para o Penhão felizes da vida.
Depois disso não vimos mais Alex e Kalon, devido ao momento de stress que rolou entre Alex e a Roberta, movido visivelmente ao nivel alcóolico dele.

Ok, não lembro se foi logo no dia seguinte, ou se foi antes desse dia da Lapa, acho que foi antes, mas marcamos de sair com a Bibi, finalmente.
Fomos ao Lord Jim, que estava bem zuzu, e depois como sempre, terminamos caindo no nosso ex bar favorito.

Depois de horas, um ser de um brittish accent escândaloso, mas que na verdade tem um fundo de Wales, se aproximou da gente porque se eu me lembro bem a Roberta estava se abanando no meio da rua com o, esqueci o nome agora, que a Mio me deu made in Japan.
O nome dele era Daniel.
Uma hora depois de conversa, nos apaixonamos por ele. Uma das pessoas mais expontâneas e de um excelente senso de humor que eu já conheci.
E além do mais ele é editor do Sunday Mirror, o que me faz querer ser ele quando crescer. Conversamos á noite toda, e todos os amigos dele viviam repetindo que ele era " the best guy in the world" e não era pra menos. Eu ria tanto com as histórias dele sobre celebridades, e etc, que eu cheguei em casa com o sorriso estampado no rosto.
Trocamos e-mails e nos encontramos outra vez na Urca pra uma caminhada.
A palavra Catete e Coxinha vão me fazer rir pra sempre depois de serem ditas naquele accent.
No mesmo dia, todas nós que conhecemos ele, chegamos á conclusão de que ele ia fazer muita falta. É o tipo de pessoa que a gente se identifica tanto, que se torna uma pessoa tão boa de sair junto, conversar, que é dificil ás vezes de realizar que aquilo ali não é pra sempre.
Lógico que um dia quando formos pra Londres, sim, teremos um amigo muito especial pra nos levar pra comer torta inglesa e que vá mostrar que a Inglaterra não é igual o Brasil, onde toda comida tem porco.

E voltando ao Luke, que eu já ia esquecendo, ele continuou aqui depois de toooooodas as pessoas legais que conheci foram embora. Nos tornamos grandes amigos e ele é uma das pessoas mais loucas que eu já vi em toda a minha vida. Cerveja pra ele é como água, mas ao mesmo tempo ele é doce, e extramamente educado. E eu sempre brigava com ele pra ele parar de lutar com assaltantes na rua. Mas ele não tinha medo de nada. Mas até que um dia antes dele partir ele já tinha convivido tanto comigo que já estava mais cauteloso em relação ás coisas.
Um louco viciado em Iron Maiden e em bandas dos anos oitenta, que tinha MESMO um canguru, não foi a quantidade de cerveja, capirinha e piña colada daquela noite que tinha feito ele imaginar que tinha um, que aliás ele depois me disse que o canguru morreu, enquanto ele estava aqui.
Eu me diverti muito com ele, fui muito egoísta em relação á algumas coisas, mas fui muito sincera sempre, no que dizia á respeito de que o que eu sentia por ele era apenas um GRANDE carinho e amizade, depois de recusar á todos os pedidos de "foge comigo pra Bolívia". Acho que não errei em nenhum momento dessa vez. Vivendo e aprendendo.
Mas enfim, depois de umas semanas aqui, outras viajando, ele se foi. Foi fácil dizer Adeus, pra mim, mas ele sabe que eu vou sempre lembrar dele como uma pessoa muito especial que eu conheci por acaso, mas que sem saber, me fez ver muitas coisas com mais clareza, e aliás também, me mostrou como é estar do outro lado. Eu espero que ele seja muito feliz. E que venha me visitar mesmo como ele prometeu. Boomerang man.

O carnaval acabou faz tempo, mas as pessoas boas que eu conheci não pararam por aqui.

Faz um mês eu acho, ou menos eu fui á um desses meetings do Couchsurfing, que aliás foi um churrasco.
Eu no início não queria muito ir, mas acabei decidindo por ir, o que eu poderia perder?!?!

Lá conheci tres figuras maravilhosas: Stefano, Peter e Junior.
Peter e Junior são de Niterói. E apesar de Peter parecer um nome bem estrangeiro, não, ele se bobear é mais Niteroiense que eu.
Conversamos por horas, todo mundo ficou meio alegre, exceto eu e Stefano, e a Ro que ficou meio estressada haha, depois de não tenho mais noção de quantas garrafas de cerveja.

Enfim, trocamos telefones, mas o primeiro a me ligar (aliás o único até agora, Peter rico sempre viajando) foi Stefano, ele é de Amsterdam. AAAAAAAh, mas não é só por isso que nos tornamos amigos, por incrível que pareça haha, ele desde o início me mostrou ser uma pessoa maravilhosa.
Lembro que o churrasco foi num domingo, e a partir da terça feira, saímos todos os dias, sem exageros.
Ele, como um grande viciado em Narguile, pediu pra que eu visse se aqui no Rio existia algum lugar em que pudéssemos "shishar" e sim, existe, e fomos lá todos esses dias. Conheci um dos melhores amigos dele também, que estava de passagem aqui. Que aliás, LOUCO! Mas pareceu ser uma ótima pessoa.

Nessa semana depois que nos conhecemos, nos tornamos ainda mais amigos. Amigos de tipo falar sobre tudo e qualquer coisa. E sem exageros sobre " tudo e qualquer coisa" também.
Mas, ele pra mim foi e é, mais que um novo amigo.
Ele me fez relembrar quem eu sou, e no que eu acreditava. Eu não tinha me dado conta, mas muitas coisas haviam morrido em mim. Muitas coisas nas quais eu acreditava e sentia, eu havia esquecido, ou simplesmente deletado por algum motivo, mas isso tudo renasceu depois de ouvir que o que ele é, é o que eu fui um dia, e perdi por devido, á enfim, diversas coisas que me aconteceram.
Nos identificamos MUITO um com o outro. E hoje, conversando com ele, chegamos á conclusão juntos de que a nossa amizade é muito especial. Eu tenho lógico, algumas pessoas, poucas, que eu considero como irmãs, pessoas que eu confio como a mim mesma, mas que isso eu adquiri ao longo de alguns anos, e com ele não, nós temos uma confiança mútua e um excesso de honestidade que não precisou de nenhum tempo pra surgir, veio naturalmente.

E claro, que eu demorei um pouco pra me dar conta, não me dar conta, mas de ter certeza, de que ele realmente mostra pra mim o que ele é.
E hoje, enquanto conversávamos, ele disse que precisava confessar pra mim uma coisa. De que ele não queria que isso que a gente tem um com o outro, mudasse. E isso foi exatamente o que eu estava conversando com a Marília dia desses. Nada do que pudesse existir entre a gente, ou algo do gênero, algo que seja pura futilidade, como acontece em geral, vai se comparar ao nível de amizade que a gente atingiu, tão grande e tão diferente, em tão pouco tempo.

Fico muito feliz de eu não ter sido a unica que senti a mesma coisa. E é muito bom ter a amizade dele.
Ele já entrou na lista das pessoas especiais que entraram na minha vida e que eu tenho certeza que não foi por acaso.

Então é isso, por enquanto.

Aliás, a dica do dia é: Eu juro que ainda vou matar um Americano daqueles bem imbecis de " american is the best country in the world" um dia que eu estiver com um nivel alcoolico bem elevado e/ou de MUITO mau humor.


Yes, we can!